Fabricantes de veículos projetam forte queda para 2020

Dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), referentes aos seis primeiros meses do ano, mostram que a produção acumulada de 729,5 mil veículos representou queda de 50,5% na comparação com o primeiro semestre de 2019.

A baixa produção deveu-se principalmente ao forte impacto da pandemia de Covid-19 nos últimos três meses. Em junho, a produção de 98,7 mil unidades foi 129,1% superior à de maio, mas 57,7% inferior à de junho do ano passado.

Com base nesses dados e nas expectativas econômicas para o segundo semestre, a Anfavea - Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores projeta a produção de 1.630 milhão de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus em 2020, volume 45% inferior ao de 2019. “É uma estimativa dramática, mas realista”, diz o presidente da entidade, Luiz Carlos Moraes.

A entidade lastreou esta perspectiva na projeção de vendas para este ano, de 1.675 milhão de unidades (queda de 40%), e de um volume de exportação de 200 mil unidades (queda de 53%), levando em conta ainda a variação de estoques e as importações de veículos.


Quanto às vendas no primeiro semestre, com o licenciamento de 132,8 mil unidades em junho, o acumulado foi de 808,8 mil veículos, recuo de 38,2% sobre o mesmo período de 2019. As exportações em junho fecharam em 19,4 mil unidades, totalizando 119,5 mil no semestre, uma queda de 46,2%.

Apenas o segmento de caminhões não foi tão afetado pela pandemia, embora a produção no semestre (34,8 mil) tenha sido 37,2% menor em relação ao mesmo período do ano passado. Os licenciamentos (37,9 mil) recuaram 19,1%, enquanto as exportações (4,8 mil) encolheram 19,2%.

Segundo a Anfavea, parte do alívio nas vendas de caminhões deve ser creditada aos bons resultados da safra agrícola, que ajudou o segmento a não sofrer tanto com os efeitos da pandemia. A produção acumulada no semestre (19,1 mil) foi 22,6% inferior à dos seis primeiros meses de 2019.

A crise do setor automotivo brasileiro está sendo maior do que as enfrentadas nos anos 1980 e 90 e em 2015/16. E veio num momento em que as empresas projetavam crescimento anual de quase 10%. A expectativa é de que apenas em 2025 o setor retorne aos níveis de 2019.

Fonte Usinagem Brasil 

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