14/09/23
Produção de veículos cresceu 24% em agosto
A produção de veículos em agosto, 227 mil, praticamente igualou o recorde do ano, que foi de 228 mil unidades em maio. As 227 mil unidades produzidas no mês representaram alta de 24% sobre julho.
No acumulado do ano, já são 1,542 milhão de veículos produzidos, com uma leve queda de 0,4% em relação aos primeiros oito meses de 2022.
No entanto, de acordo com balanço da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), os emplacamentos recuaram: foram 207,7 mil unidades licenciadas em agosto, 7,9% a menos que em julho, que teve o recorde do ano.
“Mas já esperávamos esta queda, em função do fim dos descontos oferecidos pelo governo federal para modelos até R$ 120 mil”, disse o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite
Leite observou que, numa análise que exclui os modelos subsidiados, foram 160 mil unidades vendidas em julho, ante 205 mil em agosto, o que confirma o viés de recuperação do mercado. As vendas acumuladas do ano estão em 1,432 milhão de unidades, 9,4% superiores às de 2022.
As exportações tiveram leve alta de 13,8% no mês, mas sobre uma base baixa de julho. Foram 34,5 mil unidades embarcadas, totalizando 292,1 mil no ano, baixa de 12,8% sobre o mesmo período de 2022.
“Além da queda de volumes, o que mais nos preocupa é a perda de participação dos produtos brasileiros nos mercados da América Latina”, alertou Leite, citando que, até 2021, o Brasil era o país que mais exportava para os países vizinhos, mas no ano passado a China tomou a dianteira, com 21,2% de presença, ante 19,4% do Brasil.
Para o executivo, o Brasil precisa urgentemente aumentar a competitividade para exportar, ou perderá ainda mais terreno nos seus principais destinos, não só para a China, mas para outros países emergentes da Ásia, como Índia, Tailândia e Indonésia.
Quanto à presença chinesa no Brasil, Leite elogiou as marcas que planejam se instalar como fabricantes, mas ressaltou que é preciso retomar o Imposto de Importação de 35% para modelos elétricos e híbridos, que têm a China como principal país de origem – foram mais de 30 mil unidades apenas neste ano. A retomada poderia se dar de forma gradual, ou por cotas.
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