Siderúrgicas preveem voltar ao patamar pré-crise apenas em 2021

A indústria brasileira do aço deverá voltar ao patamar pré-crise apenas no terceiro trimestre de 2021, após oito anos perdidos, mas podendo daí em diante apresentar indicadores positivos em termos de crescimento.

Foi o que projetaram CEOs do setor durante o painel “O futuro da indústria brasileira do aço – a visão dos CEOs”, o último da programação do Congresso Aço Brasil 2019, encerrado na última quarta-feira, 21, em Brasília.

Para o presidente de Conselho Diretor do IABr - Instituto Aço Brasil e diretor-presidente da Usiminas, Sergio Leite de Andrade, as reformas e aprimoramentos institucionais promovidos pelo poder público desde 2016 também sinalizam um ambiente mais seguro para a atuação empresarial.

“Foram adotadas medidas importantes, como a lei das estatais, a PEC dos gastos públicos, a reforma trabalhista e da previdência, a MP da liberdade econômica e a aceleração do programa de privatizações”, enumerou Andrade.

Ele ainda destacou como estratégicos o programa de concessão de aeroportos e ferrovias, a taxa de longo prazo com redução dos subsídios do BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e os 248 projetos inscritos no PPI - Programa de Parceria de Investimentos.

Já Armin Andreas Wuzella, conselheiro do IABr e diretor-presidente da Villares Metals, salientou que vários setores consumidores dos produtos da empresa têm projetos a executar nos próximos anos, como agronegócio, óleo e gás. "São projetos que nos dão esperança de crescimento nos negócios", afirmou.

Para Marcelo Chara, também conselheiro do IABr e presidente executivo da Ternium Brasil, o futuro da indústria brasileira de aço depende também de providências que melhorem a logística.

O executivo exemplificou dizendo que no caso da Ternium uma economia de apenas R$ 1 na cadeia de logística da companhia pode representar economia de R$ 25 milhões ao longo de um ano.

No encerramento, Marco Polo de Mello Lopes, presidente executivo do IABr, desafiou a plateia do congresso a apontar qual será o principal desafio para a indústria siderúrgica nacional nos próximos anos. O principal desafio apontado foi promover o aumento do consumo de aço no mercado interno.


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