Setor de máquinas se mostra bastante otimista com 2020

Na semana passada, a Abimaq realizou uma pesquisa com as suas câmaras setoriais. “O resultado foi unânime: todas responderam que o setor deve crescer na casa dos dois dígitos em 2020. 

Não tivemos um único caso de câmara setorial que tenha apontado um índice abaixo de 10%”, informou José Velloso, presidente-executivo da Abimaq. O clima de otimismo, aliás, era evidente no almoço de confraternização promovido pela entidade na segunda-feira, 9 de dezembro, no Buffet Torres, em São Paulo.

Velloso justifica o otimismo, lembrando que o setor encerrou 2019 melhor do que começou. “O faturamento do setor cresceu cerca de 8% no mercado interno. É o primeiro crescimento mais vigoroso desde a crise de 2013. De 2013 a 2017 as vendas caíram todos os anos e, em 2018, andou de lado. 2019, então, foi o primeiro a apresentar uma melhora no mercado interno, embora no geral o crescimento fique em torno de 1,5%, devido à queda nas exportações de 9%”.

O executivo observa que, apesar da queda em 2019, a exportação cresceu no período. Ele lembra que as vendas externas do setor somavam cerca de US$ 7 bilhões/ano em 2013 e chegaram a US$ 11 bilhões/ano em 2018.

Além disso, continua Velloso, o país tem hoje uma importante agenda de reformas. “Temos uma agenda de 12 PECs em tramitação, com destaque para a Reforma Tributária, a mais importante para o setor produtivo, que irá trazer competitividade para o setor, além de outras para diminuir a burocracia, reduzir o tamanho do Estado”, observa. “Acreditamos que 2020 continuará sendo um ano de reformas, mas o Brasil deve começar a crescer”.

Para João Carlos Marchesan, presidente da entidade, as expectativas para o próximo ano são as melhores possíveis. “Estamos vivendo um momento único”, afirma. “Nos últimos cinco anos tivemos a pior e mais longa recessão dos últimos 100 anos. O PIB caiu quase 9% e a indústria de bens de capital quase 50%. Estamos retomando. Este ano vamos crescer próximo de 2% e a expectativa para o próximo ano é de um crescimento na faixa de 5%”, diz, preferindo citar o índice estimado pelo Departamento de Economia da entidade.

Para o presidente da Abimaq, o setor está otimista devido à aprovação das reformas da previdência, da trabalhista e da Lei da Liberdade Econômica e também porque a taxa Selic nunca esteve tão baixa. “Além disso, a Reforma Tributária está em andamento e temos certeza que vai ser votada no próximo ano, para acabar com esse manicômio tributário que temos”.

Esse conjunto de fatores, na opinião de Marchesan, traz de volta a confiança necessária para se investir e é o investimento que traz o crescimento. “Isto fará com que o dinheiro que está na especulação volte para o investimento. Na construção civil isto já começou...”. E conclui: “a expectativa é positiva por esses motivos, que vão levar a economia a um crescimento de 2,5% no PIB no ano que vem”.

Fonte Usinagem Brasil 

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