A indústria de autopeças começa também ela a apresentar fortes indícios de recuperação.
De acordo com o Sindipeças - Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores, houve nos primeiros oito meses do ano alta de 20% no faturamento nominal do setor, na comparação com o mesmo período de 2017. O levantamento foi feito com 60 empresas associadas ao Sindipeças, que representam 36,2% das vendas totais do setor no Brasil.
Foi registrado aumento em todos os mercados atendidos: nas vendas para montadoras (18,6%), intrassetoriais (12,2%) e reposição (17,1%). As exportações também cresceram 16,5%, quando calculadas em dólares ou 29,4%, quando consideradas em reais. Já a utilização da capacidade instalada em agosto foi de 71%, mesmo percentual verificado no mês anterior.
De outro lado, o aumento do faturamento nominal das autopeças, de 6,0% entre julho e agosto, ainda compensou a retração apurada no mês anterior (-1,0%). Segundo o Sindipeças, o bom desempenho das montadoras explica, em larga medida, este resultado. De fato, a receita obtida por meio deste canal subiu 8,0%.
Mas haveria outros fatores envolvidos na melhora do desempenho do setor. Para a entidade, a maior confiança dos brasileiros em geral, na comparação com o baixo ânimo observado em anos anteriores, a oferta de crédito ampla e diversificada e a redução do endividamento das famílias também contribuíram diretamente para o desempenho positivo de todos os canais de vendas.
Na verdade, percebia-se já no começo deste ano que o setor de autopeças poderia iniciar uma nova curva de crescimento. Em janeiro de 2018, o faturamento líquido dos fabricantes de autopeças cresceu 25,1% frente ao mês de dezembro de 2017, revelando um inesperado dinamismo - mesmo considerando o menor número de dias úteis no último mês do ano.
O desempenho promissor no começo de 2018 refletiu, principalmente, os bons números da indústria automobilística em 2017, que deverão se repetir este ano. A produção automotiva encerrou 2017 com expansão de 46,5% frente a 2016. Excetuando-se a fabricação de ônibus, que regrediu 6,4%, as demais categorias apresentaram incremento da produção em dois dígitos.
Em janeiro, por seu turno, os primeiros resultados do setor também não decepcionaram e trouxeram expressivas variações tanto na passagem de dezembro de 2017 para janeiro de 2018, quanto na comparação com o mesmo mês do ano anterior.
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