Desde que a pandemia chegou ao Brasil, o Senai - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial vem desenvolvendo, ao lado diversas empresas do setor, uma série de iniciativas que visam combater o coronavírus. As ações vão desde o reparo de respiradores mecânicos até a doação de insumos para profissionais da saúde.
Até o momento, sob coordenação da CNI - Confederação Nacional da Indústria, o Senai investiu R$ 67,4 milhões nessas ações.
“O Senai possui hoje a maior rede de apoio à inovação e ao aumento de produtividade na indústria, que está sendo colocada à disposição de toda sociedade brasileira neste momento em que o Brasil e o mundo enfrentam um grave problema”, explica Robson Braga de Andrade, presidente da CNI.
Conheça algumas iniciativas (e seus números) desenvolvidas pela Senai:
Edital de Inovação para a Indústria – Este foi o maior aporte do Senai, num total de R$ 15 milhões destinados a projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I).
O objetivo é colocar no mercado, em um curto prazo, produtos e soluções de prevenção e diagnóstico da Covid-19. 34 projetos já foram selecionados em parceria com a ABDI - Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial e Embrapii - Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial.
Juntas, essas duas entidades também destinaram R$ 15 milhões para os projetos.
Além disso, o Senai também oferece mentoria gratuita para empresas que estiverem dispostas a fabricar EPIs, pivotar ou ampliar a produção.
Até 31 de maio é possível realizar as inscrições no site do Edital de Inovação para a Indústria. O treinamento on-line, que tem duração de oito horas, será realizado pela rede de 27 Institutos Senai de Inovação e 60 Institutos Senai de Tecnologia distribuídos pelo país.
Conserto de respiradores - Ao lado de várias empresas e institutos de pesquisa, a entidade tem atuado na manutenção de respiradores mecânicos.
O objetivo é consertar os cerca de 3.600 respiradores que estavam fora de uso em hospitais de todo o país. (Veja matéria nesta edição).
Desenvolvimento de respiradores mais baratos - O Senai Amazonas desenvolveu um respirador mecânico mais barato. Cerca de 5000 novos equipamentos devem ser fabricados e destinados para o sistema de saúde.
O investimento para essa ação já está contabilizado pelo Edital de Inovação para a Indústria.
Com a fabricação destes respiradores é estimado que o sistema de saúde tenha uma economia de até R$ 125 milhões, já que os novos aparelhos evitarão a importação de equipamentos com custo médio de US$ 15 mil por unidade.
Os respiradores nacionais terão o custo (em média) de R$ 50 mil a unidade.
Testes rápidos - O Senai está apoiando iniciativas que aumentem a oferta de testes rápidos com menores custos. O investimento do Senai já está previsto no Edital de Inovação para a Indústria.
Em um dos projetos contemplados, a empresa Hi Technologies vai ampliar a oferta de 10 mil para 500 mil testes rápidos por mês, com o custo unitário reduzido, de R$ 130 para R$ 60.
Dentro de seus laboratórios, o Senai tem capacidade para processar mais de 1,2 mil testes —padrão ouro da Organização Mundial da Saúde (OMS) - por dia, sendo 1 mil no Instituto Senai de Inovação de Química Verde, no Rio de Janeiro, e 200 no Instituto Senai de Inovação em Saúde, em Salvador.
EPIs - Apoio a empresas para a ampliação da produção de equipamentos de proteção individual hospitalares e de uso comum.
Além da fabricação em suas instalações, o Senai oferece consultoria e suporte para empresas em relação à especificação e fabricação dos produtos.
Outra linha de atuação é a oferta de material antisséptico para ampliação da produção nacional e substituição de insumos importados.
Até 4 de maio, R$ 28,814 milhões haviam sido investidos pelo Senai para a fabricação de 1 milhão de máscaras cirúrgicas (R$ 10 milhões), 133 mil vestimentas hospitalares (R$ 2,66 milhões), 262,5 mil protetores faciais face shield (R$ 2,62 milhões), 140,5 mil litros de álcool antisséptico (R$ 2,52 milhão) e 2,2 milhões de máscaras de uso comum (R$ 11 milhões).
A Federação das Indústrias de Rondônia (Fiero), por exemplo, está entregando máscaras de tecido laváveis para os trabalhadores da indústria.
A compra de 50 mil máscaras foi feita em parceria com a Fecomércio. Os lotes de máscaras de tecido estão sendo entregues pelas gerências das unidades Sesi e Senai do interior do estado.
No Paraná, a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP), junto com rede de voluntários, está se dedicando à produção de faceshields.
Até o dia 11 de maio foram entregues mais de 21 mil máscaras. As unidades envolvidas na confecção são da Cidade Industrial de Curitiba, por meio do FabLab da Indústria; de Maringá, pelo Instituto Senai de Tecnologia em Metalmecânica; e de São José dos Pinhais e Londrina com as Faculdades da Indústria.
Qualificação profissional - Com o objetivo de apoiar a requalificação do trabalhador da indústria no período de pandemia, o Senai oferece acesso gratuito a cursos em temas como Indústria 4.0 e digitalização de processos produtivos, entre outros.
Foram realizadas 534.182 matrículas, com acesso a recursos didáticos por 140 mil usuários. O investimento é de R$ 13,6 milhões.
Fonte Usinagem Brasil
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