

Equipes de humanos contra equipes de robôs
A cooperação entre
humanos e máquinas tem sido uma preocupação constante dos especialistas
conforme a robótica e a inteligência artificial aproximam-se da convivência
diária com os humanos.
O assunto é ainda
mais premente no ambiente industrial, onde os robôs industriais deixam de ser
apenas braços para ganharem pernas - ou rodas.
Por exemplo,
enquanto os carros autônomos ainda estão em desenvolvimento e testes,
empilhadeiras e até caminhões autônomos já se movem de forma automatizada
dentro das fábricas, com ganhos de tempo e custo.
Mas é bom que essa
separação entre o robótico e o humano comece a se transformar em uma interface,
alerta Matthias Klumpp, da Universidade de Gottingen, na Alemanha, que analisou
o assunto com um grupo de pesquisadores de várias disciplinas, incluindo administração
de empresas, ciência da computação e sociologia do trabalho, além de membros da
indústria.
Ao estudar
processos industriais automatizados onde já estão operando robôs, a equipe
descobriu que a cooperação entre operários humanos e robôs funciona muito
melhor do que apenas equipes humanas ou equipes apenas de robôs.

As máquinas reagem
aos humanos de forma pronta e eficiente - o contrário nem sempre é verdadeiro.
Humanos no comando
A equipe simulou
processos da logística de produção, como o fornecimento de materiais para uso
nos setores automotivo e de engenharia. Uma equipe de motoristas humanos, uma
equipe de robôs e uma equipe mista de humanos e robôs foram designados para as
tarefas de transporte usando veículos.
Os resultados
mostraram que a equipe mista de humanos e robôs venceu as outras duas equipes
graças a uma coordenação mais eficiente, que também causou um menor número de
acidentes.
Isso é bastante
inesperado, uma vez que sistemas totalmente automatizados tipicamente apresentam
os mais altos níveis de eficiência, graças sobretudo a uma interação precisa
entre os robôs e à velocidade mais alta de operação. Ocorre que as máquinas
precisam operar em conjunto com trabalhadores humanos de qualquer jeito, e elas
nem sempre tomam as melhores decisões sobre quando operar, o que diminui sua
eficiência e pode causar acidentes.
Assim, o grande
responsável por aumentar eficiência da equipe mista foi justamente manter com
os trabalhadores humanos o poder de decisão, definindo como e quando as
máquinas devem operar ou parar.
Os pesquisadores
concluem que, dados os potenciais ganhos de eficiência, as empresas devem
prestar mais atenção aos seus funcionários quando se prepararem para
implementar técnicas da automação e robotização dos processos produtivos.
"Isso traz um
raio de esperança crucial ao considerar a eficiência em todas as discussões
envolvendo automação e digitalização," disse Klumpp. "Haverá também
muitos cenários e usos no futuro, onde equipes mistas de robôs e humanos serão
superiores aos sistemas robóticos totalmente baseados em máquinas. No mínimo,
os excessivos temores de perdas dramáticas de empregos não se justificam do
nosso ponto de vista".
Inteligência
artificial do bem demonstra "cooperação de máquina"
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