Novo governo deve focar a reindustrialização, diz Abimaq

O Brasil passa por um processo de desindustrialização que teve início na década de 1980. A cada década é menor a participação do setor industrial no PIB. Em 2011, por exemplo, representava 23,1%; em 2021, caiu para 18,9%.

Para a Abimaq, esse processo precisa ser estancado. Por isso, a entidade preparou um documento com sugestões para a reindustrialização do País que deverá ser entregue, a partir de julho, a todos os presidenciáveis, candidatos ao governo dos estados e também do legislativo.

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Para João Carlos Marchesan, presidente do Conselho Administrativo da entidade, o documento “Reconstruindo a Indústria” é uma espécie de agenda de competitividade com o objetivo de atingir uma nova dinâmica de crescimento. 

São indicações do que “o Brasil precisa fazer para voltar a ser competitivo e interromper o processo de desindustrialização”.

De acordo com o dirigente, as sugestões contidas no documento atendem não só a indústria de máquinas e equipamentos, mas a todo o setor industrial. 

“São políticas públicas que, se adotadas, o País voltará a se reindustrializar e o PIB voltará a crescer de forma regular”, disse.

NO documento, a entidade informa que sua elaboração se deu “durante a pandemia e foi motivada pela necessidade de sensibilizar os poderes da República e a sociedade brasileira sobre o uso de instrumentos que intencionem promover o desenvolvimento e o crescimento do país, a partir do desenvolvimento de uma cadeia produtiva forte e moderna”.

De acordo com o documento, “o ambiente institucional e o ambiente de negócios brasileiros reduzem a eficiência da economia brasileira por serem desfavoráveis ao empreendedorismo e à produção, por tornarem até mesmo as indústrias com produtividade igual ou superior a empresas semelhantes estabelecidas em outros países menos competitivas em razão do custo adicional a elas imposto”.

Ainda segundo o documento, este custo adicional é o chamado Custo Brasil, “a soma de todas as ineficiências sistêmicas que se traduzem na assimetria de se produzir no Brasil em relação a outros países (…) Estão incorporadas nestas assimetrias os impostos que compõem o atual sistema tributário, o diferencial de taxas de juros cobradas pelas instituições financeiras nacionais ao longo de toda a cadeia produtiva, o atual sistema tarifário que desestimula a agregação de valor local, entre outros fatores. Tudo isto precisa ser equacionado para devolver a competitividade ao empreendedor nacional”.

A proposta da entidade é a adoção do um imposto de valor agregado, incidindo sobre todos os bens e serviços, sem exceções, como consta da PEC 110, de 2019. 

O documento também aborda outros tópicos, como reforma trabalhista, reforma trabalhista, política industrial, transição energética, infraestrutura, desburocratização e maior participação do setor no mercado internacional.

Fonte: Usinagem Brasil

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