Grupo assina termo para negociar compra da Ford São Bernardo

Sem revelar nome da empresa, governador diz a sindicato que negociação evolui para manter empregos na fábrica 

Wagner Santana, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, saiu do encontro com o governador paulista João Doria na quinta-feira, 28, com a confirmação de que um dos grupos interessados em comprar a fábrica da Ford em São Bernardo do Campo assinou um termo de confidencialidadecom a montadora, para seguir adiante com as negociações. Existe a expectativa que o negócio seja fechado durante o mês de abril. 

Há pouco mais de um mês a Ford anunciou que iria encerrar as atividades industriais da planta até o fim deste ano. Dias depois Doria prometeu ajudar a encontrar um comprador e já havia dito que três empresas, uma nacional e duas estrangeiras, tinham manifestado interesse, mas não disse qual delas assinou o termo. 

Até agora, somente o Grupo Caoa confirmou que conversava com a empresa sobre a possível compra. 

“Saímos esperançosos. O governador se mostrou confiante com o encaminhamento das negociações, cujo conteúdo é tratado em sigilo comercial”, afirmou em comunicado Santana, que participou da reunião no Palácio dos Bandeirantes junto com o prefeito de São Bernardo, Orlando Morando, do diretor e ex-presidente do sindicato, Rafael Marques, e dos membros do Comitê Sindical na Ford, José Quixabeira de Anchieta e Adauto de Oliveira. 

Segundo Santana, Doria também informou que as negociações estão sendo encaminhadas levando em conta a manutenção de todos os 2,8 mil empregados diretos da linha de produção da Ford em São Bernardo.

“Ele (o governador) reafirmou que essa tem sido a exigência constante nas conversas com os possíveis investidores. É uma condição para que o acordo seja feito”, contou o presidente do sindicato. 

O sindicato também negocia com a direção da Ford as condições de desligamento dos trabalhadores da montadora. “Havendo comprador, será necessário encerrar um contrato e iniciar outro. Estamos atentos para fechar um acordo que seja justo para esses trabalhadores, que fizeram a riqueza da empresa por tanto tempo. 

A Ford tem um preço a pagar por sua decisão”, destaca Santana. Quando anunciou o fechamento da unidade, em 19 de fevereiro, a Ford informou que a operação implicaria em custos calculados de US$ 460 milhões, que seriam gastos ainda em 2019. 

Na próxima terça-feira, 2, o sindicato convocou nova assembleia em frente à fábrica, “para informes e encaminhamentos”. Todas as atividades industriais da planta estão paralisadas desde o anúncio de seu fechamento.

Fonte Automotive Business

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