Ferramentarias e indústria do plástico: confira os gargalos dessa relação

Não dá para falar em avanço da indústria do plástico sem considerar a influência direta exercida pelas ferramentarias para o desenvolvimento do setor. 

Apesar disso, o relacionamento comercial entre ambas possui gargalos importantes que precisam ser resolvidos o quanto antes.

De acordo com Christian Dihlmann, presidente da ABINFER (Associação Brasileira da Indústria de Ferramentais), o preço dos ferramentais no Brasil, especialmente em relação ao cobrado pelos fornecedores asiáticos, pode ser considerado o principal problema nesse sentido.

“Os custos inerentes à produção em nosso País no que tange aos impostos, tanto na ponta – ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), PIS (Programa de Integração Social), COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) e IR (Imposto de Renda) – quanto na cadeia de fabricação, são fatores marcantes para uma negociação saudável”, destaca.

Afinal, o Brasil possui uma das maiores cargas tributárias do mundo. E justamente por isso, é comum para o cliente fazer cotações em países asiáticos para, então, negociar com os fornecedores nacionais.

“É uma concorrência absolutamente díspare, o que fragiliza a indústria nacional de ferramentais”, lamenta Dihlmann.


Outros gargalos na relação entre ferramentarias e a indústria do plástico

Outro gargalo bastante observado diz respeito ao prazo de fabricação, que é favorecido em outros países, como os asiáticos, por exemplo, tendo em vista que o seu modelo econômico prevê uma alta disponibilidade de mão de obra a baixo custo – combinação perfeita para que se possa ter um ferramental de qualidade.

Para solucionar esse problema, no entanto, é necessário buscar a modernização do parque fabril, visando gerar uma maior produtividade e competitividade. Para isso, o presidente da Abinfer destaca a importância de uma mudança profunda.

“Uma política industrial de longo prazo, com condições de estruturação e crescimento do setor, garantiria a geração de emprego e renda, a ampliação da arrecadação de impostos e o domínio da tecnologia.”

A relação entre ferramentarias e indústria do plástico será mais facilitada a partir de um cenário administrativo mais moderno, que é o que se está buscando com políticas públicas mais consistentes. 

Isso fará com que as empresas possam investir em atualização de seus parques fabris, tornando-se mais competitivas, reposicionando, dessa forma, o país em um patamar de player mundial, não somente em commodities agrícolas, mas também como um grande fornecedor de bens duráveis e tecnologias.

FONTE: Mundo do Plástico

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