Ferramentaria: plano de competitividade discute tributos, tecnologia e mão de obra

Um planejamento estratégico desenvolvido para a indústria brasileira da ferramentaria prevê ações para um período de 15 anos, a contar de 2007 quando foi elaborado. 

Dividido em fases de curto, médio e longo prazos, o plano foi teve como base um planejamento do setor chinês que colocou o país asiático como o maior fornecedor mundial de moldes, superando os Estados Unidos na produção mundial. 

Dentre as grandes ações desenhados pela ABINFER (Associação Brasileira da Indústria de Ferramentais) está a capacitação o empresário oriundo do chão de fábrica e que ainda tem pouca noção de gestão empresarial. Nesse sentido, há o entendimento de que a participação em eventos deve contribuir com a ampliação da mentalidade de liderança. 

“Aqui na Plástico Brasil trouxemos 13 ferramentarias para um espaço institucional em que o empresário pode entender de que maneira uma feira gera relacionamento, negócio e exposição. Muitos não tinham essa noção”, comenta Christian Dihlmann, presidente da ABINFER. O espaço ainda conta com palestras gratuitas direcionadas a ferramentarias e fornecedores da cadeia de fabricantes de ferramentais. Veja a grade completa dividida por cada um dos dias do evento. 

Competitividade mundial 

1. Tributos;

2. Estágio tecnológico: parque brasileiro de máquinas tem 20 anos, em média. De uma forma geral, as máquinas exigem que uma peça seja usinada várias vezes e ainda gastam muita energia; e

3. Formação de mão de obra: precisa ser redesenhada com modelos de educação com mais prática. 

“E quando se fala de preço, a gente perde muito para os países asiáticos. Então, estamos estruturando programas que nos permita recuperar a competitividade num médio prazo. Que consiga recuperar o parque fabril, permita ter máquinas atualizadas, que atualize os profissionais – tanto do nível do empresário quanto do chão de fábrica. E que a gente possa continuar vendendo neste período.” 

Programas nacional e estadual para ferramentarias 

Diante desse cenário, lembra o presidente da ABINFER, foi montado um programa federal chamado Inovar Auto, que envolvia benefícios fiscais em termos de impostos federais, no período de 2013 a 2017. Na sequência, entrou em vigor o Rota 2030, programa com o objetivo de fazer o adensamento da cadeia automotiva, mas que dentre suas regras está a do desenvolvimento da cadeia de ferramentais, de moldes. “Nós estamos contemplados em termos de atributos federais”, explica Dihlmann.

No nível estadual, um programa similar é o Pró-Ferramentaria, em fase de desenvolvimento no estado de São Paulo. “Aqui, as montadoras têm cerca de R$ 10 bilhões em créditos acumulados, que podem ser utilizados na aquisição de ferramentais ou em insumos comprados, ambas as situações no estado de São Paulo. Ou seja, na captação de ferramentais, moldes e matrizes para as montadoras fazerem lançamentos de carros.” O objetivo é liberar o crédito numa velocidade de cerca de R$ 1 bilhão ao ano, pelo período de cerca de 10 anos. 

Aprovado num decreto que agora passa pela regulamentação da secretaria da Fazenda, o projeto foi construído pela Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), Abinfer e Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) em conjunto com a secretaria paulista.

Fonte: Redação Informa

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