

A feira proporcionou vendas acima do previsto em algumas linhas do portfólio, indicando que o setor industrial começa a aquecer
O Grupo Bener/ Makino encerrou sua participação na FEIMEC 2018 com uma sensação diferente daquela experimentada nos últimos três anos: os empresários do setor industrial voltaram a investir na compra de máquinas e equipamentos. “Nós já tínhamos a impressão que a feira seria bem movimentada, mas ela superou nossa expectativa, principalmente em relação às máquinas de alta tecnologia.
A procura por produtividade foi muito grande”, diz Ricardo Lerner, diretor técnico do Grupo Bener e representante oficial da Makino no Brasil. Ele atribui esse aumento de interesse por máquinas de alta tecnologia à crise: “A recente recessão econômica ensinou a todos que é preciso fazer mais com menos”, diz ele.
Em outras palavras, os empresários do setor industrial aprenderam que é melhor investir em uma máquina capaz de executar o trabalho de duas, com mais produtividade e economia de insumos, de energia, de ferramentas e de manutenção, do que insistir em máquinas com menos tecnologia ou no retrofit. “A relação custo x benefício compensa o investimento”, garante Lerner.
Essa necessidade de renovação tecnológica favoreceu a procura por máquinas da linha Bener High-Tech, como Hyundai Wia, Tornos, Akira Seiki, e especialmente a Makino. A procura por máquinas da linha Bener Veker, composta de tornos CNC e mecânicos, ferramenteiras, eletroerosão, furadeiras, etc, foi menor, segundo Ricardo Lerner, devido à dificuldade de crédito para a empresa pequena e média. “O crédito está voltando, vai melhorar, mas ainda está muito difícil para o pequeno e médio prestador de serviço”, afirma. Segundo ele, houve grande aumento no número de projetos apresentados por empresas grandes e médias. “Tudo indica que este será o melhor ano da Makino desde que ela veio para o Brasil”, prevê.

Além das máquinas de usinagem de alta tecnologia, o executivo se disse surpreso com a atratividade da prensa servomotor Seyi SD1 de 160 toneladas. “Foi o grande destaque do nosso estande”, assegura. A tecnologia servomotor transfere a trabalho do ferramental para a prensa, o que barateia muito os custos de produção, aumenta a vida útil da ferramenta e simplifica o processo, permitindo que o operador consiga controlar todos os movimentos. “A tecnologia de ferramental é muito complexa e muito cara.
A prensa servomotor simplifica muito essa tecnologia. Quem tem estamparia fica maravilhado com a máquina”, diz ele, prevendo que nos próximos 15 anos vai haver uma grande substituição das prensas excêntricas e hidráulicas pela servomotor. “Ela consegue fazer o que a hidráulica faz com a velocidade da mecânica, o que não era possível. Ou seja, ela junta o melhor das duas tecnologias”, explica.
Para Ricardo Lerner, a indefinição com o cenário eleitoral é o maior desafio que as empresas vão enfrentar em 2018. “Esse confronto do velho contra o novo na política brasileira faz muito mal para todos os setores. Acredito que a partir de outubro, o ambiente político ficará mais claro, facilitando os negócios”, finaliza.
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