O domínio da tecnologia de máquinas de corte laser pela indústria nacional

Com a resolução que retira as máquinas de corte laser da condição de EX-tarifário, publicada pela CAMEX – Câmara de Comércio Exterior, associações e empresas que apoiam a importação de máquinas, em detrimento ao desenvolvimento em território nacional, se manifestaram, emitindo comunicados onde classificam a medida como “forte golpe”. Nestes comunicados também afirmam que a indústria nacional não possui sequer capacidade de desenvolver e fabricar esses equipamentos e trabalha com tecnologia ultrapassada. 

Apesar do tamanho do mercado de máquinas laser para corte de chapas metálicas no Brasil, poucos players mundiais atuavam no Brasil e, até pouco tempo, nenhuma empresa nacional havia conseguido fabricar uma máquina que utilizasse a tecnologia de laser de fibra (a mais avançada do mundo), de forma a competir com os grandes players internacionais. 

Essa história mudou

A empresa catarinense Welle Laser (Palhoça), maior fabricante de maquinas laser da America Latina e investida recentemente pela WEG Participações, empregou mais de 11 milhões de reais e incontáveis horas de engenharia para desenvolver uma máquina de corte que utiliza a tecnologia de fibra para cortar chapas metalicas de até 30mm de espessura com o que há de mais moderno no mundo. Hoje, com presença em praticamente todos os estados do Sul e Sudeste do Brasil, a qualidade dos seus produtos pode ser comprovada em vídeo lançado no canal do Youtube da Welle por um dos seus clientes.

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 A fabricação de uma máquina deste porte em solo nacional provou que as indústrias brasileiras possuem know how e as competências para desenvolver e competir de igual para igual com quem vem de fora do país.

 Entretanto, este desenvolvimento enfrentava algumas dificuldades, já que, além de tecnologia, a máquina nacional concorre com empresas que tinham cargas tributárias muito menores.

 Buscando equalizar as condições de competitividade da produção nacional, a ABIMAQ - Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, em apoio à Welle Laser, formalizou o pedido de ajuste de alíquota para as concorrentes importadas. O processo correu durante um ano, e após estudo profundo, onde as evidências nele contidas foram avaliadas e passaram por todas as etapas técnicas, a CAMEX aplicou a nova alíquota.

 Esta aprovação é uma vitória para o mercado. Com melhores condições de competitividade, os fabricantes nacionais poderão ganhar maior volume de vendas, e por consequência, melhoria de negociação com os seus fornecedores, o que abre espaço para redução de preços. Com condições de financiamento como o FINAME, suporte técnico local e mais barato, nunca foi tão barato e fácil para o mercado consumidor adquirir um novo equipamento. O aumento dos impostos nos produtos importados serão absorvidos pelos importadores, pois não terão espaço e diferenciais para suportar aumento de preços com concorrentes nacionais com tecnologia de ponta.

 Quando produzimos no Brasil a divisa fica no país, os empregos que são gerados e todo o benefício que o negócio traz, ficam no país. O aumento da concorrência  com a presença de players nacionais fazem o mercado nacional crescer e, por consequência, o país crescer.

 Por tudo isso, a Welle Laser se sente orgulhosa em ser brasileira e fazer parte da história do crescimento da tecnologia laser na indústria nacional.

 “Aqui na Welle não temos síndrome de "vira-lata". Acreditamos no Brasil, na indústria nacional e na capacidade de desenvolvimento tecnológico de ponta para nós e para o mundo." - comenta Rafael M. Bottós, CEO da Welle Laser SA.

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Rodrigo Schramm

Coordenador de Comunicação e Marketing Welle Laser