Crise na indústria automotiva pode ser a pior da história

O presidente da Oica - Organização Internacional de Construtores de Automóveis, Fu Binfeng, afirmou que a crise provocada pelo coronavírus “poderá ser a pior que já impactou a indústria automobilística na história”.

Para o presidente da entidade, que foi fundada em 1919 e é composta por associações de fabricantes de 37 países, incluindo a brasileira Anfavea (que divulgou a carta da Oica no Brasil), o ano de 2020, devido à Covid-19, está conseguindo ser ainda mais assustador do que 2019, quando a indústria automotiva mundial viveu um dos seus anos mais ruins.

“De fato, 2019 foi um ano sombrio, pois apresentou um declínio de mais de 5% na produção mundial de veículos - uma queda para 91,8 milhões de unidades -, interrompendo um período de dez anos de crescimento do setor”, lembrou Binfegng. “Mas agora o desafio é sem precedentes”.

O executivo salientou que os choques iniciais da Covid-19 começaram já em janeiro, com a paralisação da maior parte do parque industrial chinês, causando a redução na produção de partes e componentes e impactando por tabela as indústrias no mundo inteiro.

O avanço posterior do vírus, praticamente em nível global, resultou no fechamento de quase todas as indústrias automobilísticas do mundo e de muitos dos seus fornecedores. Para o presidente da Oica, era inevitável que isto acontecesse.

“A preocupação dos fabricantes e fornecedores com a saúde e segurança dos seus funcionários fez com que medidas sanitárias drásticas tivessem de ser tomadas”, afirmou. “As empresas respeitaram integralmente, e muitas vezes até excederam, as medidas governamentais de restrição ou confinamento, fechando, por exemplo, fábricas em locais onde não era obrigatório”.

Ele também citou que em vários países as montadoras estão ajudando diretamente as pessoas afetadas pelo vírus da Covid-19, através de projetos que variam desde a produção de respiradores até a facilitação do transporte de emergência e de serviços médicos.

“Mas eu não tenho dúvidas de que a indústria automotiva mundial, como já fez inúmeras vezes no passado, irá superar este fase e provar novamente sua importância, força e resiliência”, concluiu.

Fonte Usinagem Brasil 

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