CNI prevê crescimento do PIB de 1,6% em 2023

A CNI – Confederação Nacional da Indústria prevê expansão menor do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2023, de apenas 1,6%, praticamente a metade da alta de 3,1% prevista para 2022.

De acordo com o documento “Economia Brasileira 2022-2023”, divulgado na última terça-feira, 6, pela CNI, a redução do ritmo de crescimento da economia deve ser provocada, principalmente, pelas altas taxas de juros, embora a inflação elevada e o menor crescimento mundial devam também contribuir para a retração.

Na indústria, a previsão é de alta de 0,8% do PIB em 2023, desempenho igualmente inferior à expansão de 1,8% prevista para este ano. 

A indústria de transformação propriamente dita vai crescer 0,3%, mas com expectativa de desempenhos setoriais diferentes.

Os produtores de bens mais sensíveis à renda deverão ter desempenho mais favorável do que as indústrias com produtos mais sensíveis ao crédito, que terão mais dificuldade em função dos juros elevados.

Para o gerente-executivo de Economia da CNI, Mário Sérgio Telles, o crescimento de 1,6% esperado para 2023 será resultado de três fatores positivos: o resultado do crescimento do setor de serviços de 2022 ainda influenciará 2023; a continuidade da expansão do número de pessoas com trabalho e da massa salarial real; e o aumento das despesas do setor público.

“Acreditamos que as despesas primárias do governo federal tenham um crescimento real de 10% em 2023”, diz o economista.

De qualquer forma, o mercado de trabalho deverá apresentar resultados menos positivos em 2023 quando comparados aos de 2022. 

A expectativa da CNI é de que o número de pessoas ocupadas tenha crescimento de 3,1% em relação a este ano.

Assim, a taxa de desemprego deverá apresentar relativa estabilidade em 2023. A expectativa da CNI é de uma taxa de desemprego média de 8,9%, e uma taxa de desemprego para o quarto trimestre – final do período – de 8,6% em 2023.

Na projeção da CNI para o comércio exterior em 2023, a taxa de câmbio encerrará o ano em R$ 5,45 por dólar, com média anual de R$ 5,33 por dólar. A entidade ainda prevê a queda tanto das exportações como das importações.

Fonte: Usinagem Brasil

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