Ceratizit já produz peças de metal duro por impressão 3D

Desde 2016, a Ceratizit produz, em aço, corpos de fresa e componentes direcionadores de refrigeração pelo processo de manufatura aditiva. Agora, em 2020, a empresa dá um novo passo, com o desenvolvimento da tecnologia e o início da produção de peças e componentes em metal duro por impressão 3D.

A princípio, estão sendo produzidas peças especiais no segmento de peças de desgaste (wear parts), mas o objetivo é estender a tecnologia para as demais aplicações de metal duro, como ferramentas de usinagem, para madeira e pedras e cilindros.

Ivan Rohrer, gerente de Vendas de Cilindros e Wear Parts da Ceratizit do Brasil, diz que iniciar o emprego do novo processo com as ferramentas para desgaste se justifica pelo fato de que estas peças são, em geral, de maior porte e com perfis mais diversificados, se comparado às ferramentas de usinagem em metal duro. 

“São, por exemplo, componentes de máquinas ou para extração de petróleo, peças que normalmente já seriam especiais, sob desenho, e que exigem a produção de moldes para a sua posterior conformação ou processos de usinagem. Com o novo processo, ganha-se agilidade com a eliminação da necessidade de molde e etapas posteriores de usinagem do metal duro”, explica Rohrer.

O gerente destaca ainda outros fatores positivos, característicos do processo de manufatura aditiva, como o fato de permitir que os engenheiros e designers da Ceratizit possam pensar em projetos e formatos completamente novos, ampliando os limites do processo de produção. “Este novo processo nos possibilita pensar em perfis complexos, antes impossíveis”, frisa.

Como exemplo, Rohrer cita a peça que ilustra esta matéria, produzida apenas para apresentar algumas vantagens do processo. “A imagem à esquerda é de uma peça que foi claramente usinada, enquanto a do lado direto possui furos helicoidais e com formatos diversos, bem como rasgos com perfis que não poderiam ser realizados com os processos existentes de usinagem... Como no processo de manufatura aditiva se produz por camadas, é possível produzir perfis internos e externos em diversos formatos. No processo de usinagem seria impossível, por exemplo, trabalhar esses perfis internos”, diz.

O gerente lista ainda várias outras vantagens do processo de impressão 3D em comparação aos processos convencionais: fabricação de peças individuais, em lotes a partir de 1 peça; os perfis podem ser redesenhados e otimizados, o que é especialmente interessante para formas complexas ou para alterar propriedades como peso ou tamanho; produção mais rápida do que pelo processo conformação convencional, pois etapas que consomem muito tempo, como a usinagem CNC e EDM podem ser eliminadas (o que é especialmente vantajoso na criação de protótipos, para realização de testes mais rápidos e melhorar os projetos); processo de fabricação sustentável, com menor desperdício de material; redução do risco de erros ao projetar um novo produto.

O comunicado de imprensa, distribuído pela matriz do grupo, informa que “a Ceratizit tem o pioneirismo como uma de suas marcas e que a tecnologia recém-desenvolvida vai possibilitar acelerar muitos projetos e reduzir custos de prototipagem, bem como identificar novos mercados para o metal duro com a possibilidade de produção de perfis cada vez mais complexos”.

Fonte Usinagem Brasil 


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