Atividade industrial: melhor janeiro desde 2015

O ano começou com a indústria brasileira mostrando-se mais aquecida do que nos meses de janeiro dos últimos quatro anos, de acordo com a Sondagem Industrial divulgada na última quinta-feira, 20, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), indicando que a utilização da capacidade instalada alcançou 67% em janeiro último.

O percentual se iguala ao registrado em janeiro de 2015 e supera o de todos os outros observados no mesmo mês dos anos subsequentes (2016 a 2019). No entanto, ele é inferior ao registrado nos meses de janeiro de anos anteriores à crise, entre 2011 e 2014, de 70% em média.

Já os índices de evolução da produção e de emprego ficaram estáveis em relação a dezembro, ambos muito próximos dos 50 pontos. O indicador de produção ficou em 49,9 pontos em janeiro. Mas, usualmente, este índice fica sempre abaixo da linha divisória em janeiro, com queda da produção na comparação com dezembro.

“Tomadas em conjunto, as informações de janeiro sugerem uma atividade mais firme. E ainda há a expectativa de que a produção aumente nos próximos meses, uma vez que existe uma necessidade de recomposição dos estoques”, afirma o economista da CNI Marcelo Azevedo.

De fato, o índice de evolução do nível de estoques da indústria em relação ao planejado ficou em 49,1 pontos em janeiro. Foi o terceiro mês consecutivo em que o indicador ficou abaixo da linha divisória dos 50 pontos, mostrando que os estoques estão inferiores ao planejado pelos empresários.

Quanto aos indicadores de expectativas, eles continuaram acima dos 50 pontos em janeiro, indicando que os industriais esperam o aumento da demanda, das exportações, da compra de matérias-primas e do número de empregados nos próximos seis meses.

A intenção de investimentos recuou 0,5 ponto e ficou em 58,7 pontos. Apesar da queda, que interrompe uma sequência de quatro altas consecutivas, o índice permanece em patamar elevado, já tendo se aproximado do verificado em fevereiro de 2014, quando alcançou o último pico, de 59,5 pontos.

Esta Sondagem Industrial foi feita entre 3 e 12 de fevereiro com 1.915 empresas, das quais 763 são pequenas, 673 são médias e 479 são de grande porte.

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