

A Anfavea
divulgou na quarta-feira, 7, novas estimativas para o mercado interno, para a
produção e para a exportação, de todos os segmentos, para 2020. São
“referências”, como classificou o presidente Luiz Carlos Moraes, números menos
negativos do que aqueles revisados em julho, já na pandemia. Segundo ele não é
intenção da Anfavea cravar as novas projeções, mas auxiliar a balizar o ritmo
dos próximos meses.
“Falamos
em queda de 31% do mercado doméstico, mas pode ser 28%, 29% ou até 32%, porque
são diversas as variáveis. Para chegar a estes números o nosso departamento de
estatística ouviu também as associadas. São números que dão um indicativo de
como pensamos que será até o fim do ano.”
Todas as
estimativas estão mais positivas – ou menos negativas. Para o mercado doméstico
a Anfavea acredita em queda de 31%, ante os 40% previstos em julho. Nos pesados
o cenário é ainda menos pessimista: a projeção de recuo de 39% mudou para retração
de 21%.
Ficou mais
otimista também a visão sobre a exportação: queda de 34%, ante os 53% de recuo
anteriormente previstos. Assim a produção recuaria 35%, ante 45% da estimativa
de julho.
Veja as novas projeções

Moraes
apresentou, também, algumas variáveis que podem puxar para cima, ou para baixo,
o ritmo da indústria. Dentre as positivas a propensão de consumidores de
adquirir veículos durante a pandemia, por priorizar o transporte
individual, a poupança guardada e gastos suspensos de viagens e lazer, bem como
a Black Friday e compras natalinas. O cenário do crédito também colabora: além
dos juros estarem mais baixos foi mantida a redução da IOF sobre
financiamentos de veículos.
O
presidente da Anfavea ponderou, também, que as locadoras podem fazer encomendas
maiores até o fim do ano, o que colaboraria para puxar os números para cima.
Há também
pontos negativos, ou riscos: a fragilidade do mercado de trabalho, a redução do
auxílio emergencial, a antecipação do 1décimo-terceiro salário dos aposentados,
a redução na renda por meio da MP 936, o possível aumento do IGPM e da carga
tributária e, por parte da indústria, possível falta de disponibilidade de
insumos.
A Anfavea
ainda não fala sobre 2021. Mas Moraes deu sinais: disse que espera, no mínimo,
11% de crescimento ano a ano até retomar o ritmo de 2019, usando como
referência as crises anteriores: “Acreditamos que será uma recuperação
longa”.
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