Nova política industrial traz oportunidades à indústria local e ao meio acadêmico
A Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA) trouxe à tona na quarta-feira, 5, questões relacionadas ao Rota 2030 que abrem oportunidades tanto à indústria local como ao meio acadêmico em pesquisa e desenvolvimento. Com isso, a entidade acredita na evolução tecnológica da indústria local com o novo programa de governo.
Um bom exemplo é o caso do regime tributário dos ex-tarifários, para importação de componentes não produzidos no Brasil e que beneficia sobretudo as montadoras de baixo volume, com capacidade instalada para até 35 mil carros por ano e alto índice de conteúdo importado.
Nesse caso, o decreto 9.557 impõe a isenção de pagamento de imposto de importação de 2% sobre peças importadas sem produção nacional, desde que esse valor seja investido em projetos de pesquisa, desenvolvimento, inovação e em programas prioritários de apoio ao desenvolvimento industrial e tecnológico, com o objetivo de se produzir esses componentes no Brasil.
“De janeiro a outubro de 2018 as importações de autopeças totalizaram US$ 11,8 bilhões”, recorda o vice-presidente da AEA, Marcos Clemente.
Ou seja, o porcentual é baixo, mas incide sobre um valor elevado. Esse investimento vai ocorrer por intermédio de parcerias com universidades e centros tecnológicos. Temos aqui uma grande oportunidade para o meio acadêmico”, ressalta o representante da entidade.
No que se refere à eficiência energética, Clemente recorda também que dentro do Rota 2030 as montadoras poderão melhorar os carros com soluções que ajudem a reduzir o consumo não só em medições padrão, mas em situações cotidianas, fora dos ciclos tradicionais de medição, pela utilização de equipamentos de ar-condicionado mais eficientes, lâmpadas de LEDs e soluções aerodinâmicas, por exemplo. “Há todo um cardápio de opções para as montadoras.”
O programa também vai movimentar a indústria pela aplicação de novos recursos para aumento da proteção de ocupantes, pedestres, adoção de sistemas de segurança como frenagem automática de emergência e aviso de afastamento da faixa de rodagem.
A AEA também discute a identificação de oportunidades e ganhos com a aplicação dos conceitos da indústria 4.0 na cadeia produtiva.
Fonte Usinagem Brasil
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