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Análise de risco é o uso sistemático de informações para determinar quão frequentemente eventos específicos podem ocorrer e a magnitude de suas consequências.
Algumas empresas utilizam-se de valores médios dos dados para essa análise, o que é um procedimento de alto risco, pois desconsidera indicadores importantes que podem esta puxando a companhia para a bancarrota.
Quando vemos o questionamento acima, o primeiro pensamento que ocorre é de indignação e repúdio deste termo tão agressivo e pejorativo. Não é minha intenção ofender ou falar mal sobre alguma empresa. Muito pelo contrário, é provocar a mudança de olhar para o foco do cliente e no cliente, e não no ego organizacional. Vamos pensar um pouco juntos e guardemos a resposta ao questionamento do título para o final.
Se formos buscar na etimologia e nos dicionários o sentido que se dá para medíocre é que não é bom nem mau, não é grande nem pequeno, é apenas mediano. Só que na prática não é bem assim, pois na efetividade a palavra medíocre inclusive está distante da sugestão de coisa média para se aproximar mais da ideia de coisa muito ruim, abaixo da média.
Com isso você até pode modificar e amenizar um pouco a pergunta titular para: “Sua empresa está na média?”. Mas, será que isso muda alguma coisa? Quero abordar um pouco mais sobre o perigo das médias.
Durante um curso de imersão profissional que participei, o facilitador utilizou a seguinte alegoria, que por mais hiperbólica que seja, contribuiu para entendermos esta questão: Pensem na teoria do conforto das médias, na questão da temperatura do corpo humano. Imaginem que uma pessoa recém-falecida chegasse ao hospital para identificar o que está acontecendo com sua saúde.
O profissional, muito atarefado em seus procedimentos operacionais, questiona sobre a temperatura do corpo do paciente. A coleta fica em algo muito próximo aos 36°C, resultado que gera um relatório que aponta para nenhum problema grave de saúde, pois este indicador aponta para certa normalidade.
Agora tente fazer um exercício mental colocando o defunto em uma situação em que ele se encontra com a cabeça dentro de um compartimento de 80°C e seus pés em um caixa de gelo a -8°C, o que daria uma temperatura média de 36°C. Será que este cenário faria com que o médico ficasse tão certo de seu diagnóstico?
Por mais que essa analogia possa parecer absurda e sem lógica, muitas empresas utilizam os mesmos métodos em suas organizações. Aferem constantemente seu desempenho pela média e esquecem que alguns setores estão pegando fogo e outros estão congelando. Situação ainda pior, é quando comparam seus resultados com outras empresas que estão morrendo.
A Fundação Nacional da Qualidade, em seu e-book gratuito - Sistema de Indicadores traz as seguintes considerações:
“A existência de um bom sistema de indicadores de desempenho em uma organização permite uma análise muito mais profunda e abrangente sobre a efetividade da gestão e de seus resultados do que a simples constatação de que está indo bem porque seu faturamento ou o número de clientes está crescendo.
Além disso, a medição sistemática, estruturada e balanceada dos resultados por meio de indicadores de desempenho permite às organizações fazerem as intervenções necessárias com base em informações pertinentes e confiáveis, à medida que ocorrem as variações entre o planejado e o realizado. Além de promover a cultura para a excelência, medir os resultados sistematicamente e de forma estruturada é fundamental para a gestão de uma organização, uma vez que possibilita a comparação”.
Quando a empresa institui e monitora os indicadores certos, inclusive comparando-se com o mercado, fica um pouco mais fácil responder a pergunta que provocamos no título.
Claro que este processo pode trazer a tona alguns problemas que estavam escondidos, e será preciso enfrentá-los na hora certa se quiser melhorar o desempenho em médio e longo prazo. E como as empresas devem gerar resultados perenes e cada vez mais satisfatórios, é necessário manter o olhar mais abrangente possível, incluindo todas as partes interessadas no resultado da empresa.
Soluções como o BSC são alternativas interessantes e eficientes, principalmente quando vinculadas a Dashboards (figura).
Algumas perguntas que podem incluir em suas reflexões e planejamentos:
• Sou uma empresa acima da média para meus clientes?
• Como meus fornecedores, prestadores de serviço e funcionários me classificariam em relação a outras empresas?
• A comunidade em que estou inserido se sente privilegiada com a presença de minha empresa?
• Os investidores e/ou sócios estão satisfeitos com os resultados financeiros?
As respostas a estas e outras perguntas podem contribuir para sua empresa ser considerada de classe mundial e muito acima da média.
Caso queira saber mais sobre o assunto “indicadores” e sair da “mediocridade”, entre em contato comigo.
Tenho vários materiais que podem auxiliar nesta jornada para a excelência.
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Roger Becker da Silva
É Coach Executivo e Consultor Organizacional especialista no MEG. Formado em gestão de processos organizacionais e pós-graduado em administração e marketing. É Vice-Presidente de Projetos Especiais da ABINFER – Associação Brasileira da Indústria de Ferramentais.