A Segunda Revolução Industrial começou entre 1850 e 1870, e terminou durante o decorrer da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), trazendo uma série de invenções e avanços na indústria química, elétrica, de petróleo e de aço.
Alguns avanços marcantes desse período incluem os navios de aço movidos a vapor, o avião, os primeiros passos na produção em massa de bens de consumo e automação e a criação do telefone eletromagnético.
Também foi durante a Segunda Revolução Industrial que a Alemanha e os Estados Unidos se juntaram à França e ao Reino Unido como potências industriais.
O que foi a Segunda Revolução Industrial?
A Segunda Revolução Industrial é o período de continuidade do processo de revolução industrial, onde o aperfeiçoamento de técnicas, a criação de máquinas e a chegada de novos meios de produção iniciaram um novo movimento.
A industrialização que, anteriormente era limitada à Inglaterra, se expandiu até outros países, como a França, Rússia, Japão, Estados Unidos e Alemanha.
O carvão, o ferro e a energia a vapor, marcas da Primeira Revolução Industrial, agora são substituídos pelo aço, o petróleo e a eletricidade.
As inovações desse período tornaram possível a produção em massa, a automação do trabalho e o aparecimento de diversas indústrias, com destaque para as indústrias química e elétrica.
Também aconteceu um grande aumento de empresas e o aperfeiçoamento da indústria siderúrgica.
Foram expandidas as ferrovias, tornando possível o escoamento de bens produzidos e o aumento do número de consumidores.
Apareceram, durante a Segunda Revolução Industrial, várias invenções que mudaram toda a forma de organização social e criaram novas relações de trabalho, social e até mesmo entre nós humanos e o meio.
As novas formas de produção levaram a introdução de modos de organização da produção industrial mais preocupada com a produção com custos menores e em menos tempo, isto é, a racionalização do trabalho.
Essas formas de organização foram conhecidas como Fordismo e Taylorismo.
Causas da Segunda Revolução Industrial
As causas da Segunda Revolução Industrial são atribuídas ao surgimento de uma série de revoluções ligadas à crescente burguesia europeia, no período onde novos ideais econômicos foram desenvolvidos e fortalecidos, como o liberalismo.
Esse período se estendeu desde o século XVII, na Inglaterra, com consequências da Revolução Gloriosa para a economia e também para a burguesia, com alto investimento sendo realizado na produção e no aperfeiçoamento tecnológico.
O movimento filosófico do iluminismo, a partir do século XVIII, começou a fundamentar os ideais das principais transformações de caráter social e econômico que tiveram lugar na Europa da época.
A partir da Primeira Revolução Industrial, o acúmulo de capital e a criação de uma estrutura econômica nova, tornaram possível um volume mais alto de investimentos na criação de novas tecnologias para produção e na procura por métodos mais econômicos de produção, assegurando, dessa forma, maiores lucros. Começava, então, a Segunda Revolução Industrial.
Consequências da Segunda Revolução Industrial
A Segunda Revolução Industrial gerou muitas consequências, que vão desde a organização do território, até a vida cotidiana das pessoas de países industrializados.
A contínua acumulação de capital e de transformação industrial, que gerou a formação de monopólios e oligopólios, originou o capitalismo financeiro.
A utilização de novas fontes de energia com custos reduzidos possibilitou incorporar máquinas e, dessa forma, deu início a automação da produção nas fábricas, que reorganizou o processo produtivo.
Vale ressaltar, contudo, que a utilização de maquinários para substituir o trabalho manual realmente ganhou força somente na Terceira Revolução Industrial.
Quem também foi beneficiada pelas inovações tecnológicas dessa época, foi a agricultura, através de adubos e fertilizantes que possibilitaram maior produtividade.
Também tivemos o avanço da urbanização, marcada pela emigração rural e também pela criação de novas estruturas essencialmente urbanas na região.
Alguns exemplos são as redes de energia elétrica e as ferrovias. Contudo, a automação da produção gerou desemprego e, como consequência, aumentou a pobreza urbana.
Invenções da Segunda Revolução Industrial
Dentre as muitas invenções e descobertas feitas no período da Segunda Revolução Industrial, podemos citar:
• Novas formas de fabricar aço, que permitiram seu uso na construção de máquinas, pontes, edifícios, ferramentas, trilhos, entre outros;
• Criação da lâmpada incandescente;
• Desenvolvimento técnico de produção da energia elétrica;
• Criação e aperfeiçoamento de meios de transporte (ampliação das ferrovias e a criação do avião e do automóvel);
• Criação de meios de comunicação (telefone, televisão, telégrafo e cinema);
• Avanço da química, através da descoberta de substâncias novas; o surgimento dos plásticos; criação de armamentos como a metralhadora e o canhão; o descobrimento do aproveitamento múltiplo do petróleo e seus derivados como fonte de lubrificantes e energia; o descobrimento do poder explosivo da nitroglicerina, entre outros;
• Na medicina, podemos destacar a criação de antibióticos, vacinas e novas descobertas sobre doenças e técnicas cirúrgicas.
Resumo sobre a Segunda Revolução Industrial
A segunda revolução industrial ocorreu entre a metade do século XIX e a primeira metade do século XX até o começo da Segunda Guerra Mundial.
Os países envolvidos foram a França, Bélgica, Alemanha, Itália, Holanda, Japão e Estados Unidos.
As principais fontes de energia foram o petróleo e a eletricidade, e o aço foi uma das matérias-primas mais importantes.
Nesse período surgiram grandes empresas, como a siderúrgica, a metalúrgica e automobilística, e o aprimoramento de outras, como a química.
As principais invenções da Segunda Revolução Industrial foram os meios de comunicação (como o telefone), as ferrovias, os motores à combustão e elétrico, assim como os materiais sintéticos.
Suas principais consequências foram o ganho de produtividade industrial e na agricultura, aumento na variedade de mercadorias, racionalização do trabalho (taylorismo e fordismo), o capitalismo financeiro e o crescimento de áreas urbanas.
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