Amigo
Ferramenteiro, orgulhamo-nos de participar de mais este inicio de ano levando
informações contábeis, tributárias e previdenciárias a Você que impulsiona
direta ou indiretamente o PIB brasileiro. Esta Edição chegamos com uma
reportagem do Portal G1, onde expõe o que o Governo Federal vem pensando e
projetando para a Reforma Tributária.
Esta
e muitas outras ações necessárias a economia do País, ainda que estejam em
análise são importantes compartilhar! Boa leitura!!!
A
assessora especial do Ministério da Economia, Vanessa Canado, informou em
entrevista ao G1 que o governo federal deve encaminhar ao Congresso Nacional em
três etapas a proposta de reforma tributária.
Paralelamente,
a Câmara dos Deputados e o Senado já discutem alguns projetos sobre o tema, mas
a expectativa é que o governo também envie uma proposta, a ser analisada pelos
parlamentares.
Segundo
Vanessa Canado, as mudanças que o governo deve propor não exigem mudança na
Constituição, o que pode, em tese, fazer com que os textos tramitem mais
rapidamente.
Propostas
de emenda à Constituição (PEC) exigem, por exemplo, aprovação em dois turnos de
votação e os votos favoráveis de pelo menos três quintos dos parlamentares (308
dos 513 deputados, e 49 dos 81 senadores).
O que o governo deve propor?
Etapa 1: Tributação sobre consumo
De
acordo com a assessora especial do Ministério da Economia, o governo federal
irá propor a criação de um imposto sobre valor agregado (IVA) federal, mantendo
o atual patamar de arrecadação, e outro para os estados e municípios – sendo
caracterizado, assim, como um IVA dual.
A
ideia é englobar no IVA federal o Programa de Integração Social (PIS) e a
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre consumo.
A alíquota do novo tributo, segundo as simulações, deverá ficar entre 11% e
12%.
Conforme
o governo, a proposta não altera o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e
Serviços (ICMS) estadual e o imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISS)
municipal.
Vanessa
Canado, do Ministério da Economia, argumenta que não é competência da União
lidar com estados e municípios e que, por isso, o governo não enviará uma
proposta envolvendo tributos estaduais e municipais sobre consumo.
“A
não ser que a gente quisesse combater as propostas que lá existem. A gente
teria mandado uma proposta alternativa, o que seria muito ruim”, disse.
Ela
informou, ainda, que a proposta do governo mantém benefícios para a Zona Franca
de Manaus em um primeiro momento, mas não afastou a possibilidade de que sejam
propostas mudanças no futuro.
Etapa
2: Criação de um imposto sobre cigarros e bebidas
Conforme
Vanessa Canado, o governo federal vai propor a criação de um imposto sobre
produtos com efeitos colaterais, como cigarros e bebidas, o que poderá resultar
na elevação dos preços desses produtos.
Segundo
a assessora especial, também está em estudo o chamado “sugar tax”, existente no
Reino Unido, que taxa sucos e refrigerantes com mais de 8 gramas de açúcar por
100 mililitros.
“É
uma vontade do ministro [Paulo Guedes] arrecadar mais sobre esses bens que têm
externalidade negativa. Mas é uma discussão ainda em aberto por causa da
discussão do IPI. Pode ser que eles [produtos] fiquem mais caros”, disse ela.
Pelas
regras atuais, cigarros e bebidas alcoólicas são taxados com PIS/Cofins e pelo
Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI).
Etapa
3: Mudanças no Imposto de Renda; retomada da tributação sobre lucros e
dividendos; e desoneração da folha de pagamentos
De
acordo com Vanessa Canado, a área econômica do governo avalia mudanças nas
regras do Imposto de Renda das empresas e das pessoas físicas.
Essas
mudanças envolvem: aumento do limite de isenção; taxação maior para ricos; e
limitação de deduções.
Segundo
a secretária, o governo também quer retomar a taxação da distribuição de lucros
e dividendos, existente até 1995, e também analisa mudar a tributação sobre o
patrimônio, com a possibilidade de se colocar em discussão a criação de um
imposto sobre grandes fortunas. Outro objetivo é diminuir o peso da tributação
sobre a folha de pagamentos.
Leia
abaixo o que dever ser incluído nessa etapa da proposta, segundo a equipe
econômica:
- Imposto de Renda de Pessoa Jurídica e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido: A alíquota dos dois tributos está em cerca de 34%. A ideia do governo é reduzir esse patamar gradualmente nos próximos anos;
- Tributação de lucros e dividendos: A ideia da área econômica é propor a retomada da tributação de lucros e dividendos distribuídos aos cotistas e acionistas de empresas;
- Folha de pagamentos: A equipe econômica avalia formas de desonerar a folha de pagamento das empresas;
- Imposto de Renda de Pessoa Física: O Ministério da Economia ainda não definiu o que será feito. Estão em estudo propostas como corrigir a tabela do IR (aumentando o limite de isenção), limitar as deduções de saúde e educação, reduzir a alíquota mais alta (de 27,5% para 25%) e criar uma alíquota maior para os ricos;
- Benefícios fiscais: A ideia é rever até 2022 cerca de R$ 100 bilhões concedidos por meio de subsídios (renúncias fiscais). A revisão acontecerá durante os próximos três anos, e a ideia é revisar cerca de R$ 35 bilhões a cada ano. A medida não representa, necessariamente, a eliminação dos subsídios.
- Imposto sobre grandes fortunas: Vanessa Canado diz que federalizar o imposto sobre herança e doações, atualmente de competência dos estados, exigiria PEC, pois altera o pacto federativo. Esses rendimentos estão, atualmente, isentos da cobrança de Imposto de Renda. Por conta disso, ela não afastou a possibilidade de o governo propor um imposto sobre grandes fortunas.
Fonte:
G1
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Francisco João dos Santos
Gerente Financeiro OCTA Brasil Contabilidade - excelência em Serviços Contábeis, atualizando você inclusive no isolamento social!