

Platão, filósofo
e pensador grego que viveu entre 427 e 347 a.C., já falava que você tem todo o
direito de não gostar de política, mas sua vida terá influência e será
governada por aqueles que gostam. Portanto, “o castigo dos bons que não fazem política é
ser governados pelos maus que fazem”.
Para trás
ficaram mais de dois mil anos e continuamos cegos e fieis a essa confortável
posição: não quero me envolver!
Alguns
temas diversos são tão poderosos para o povo brasileiro – e alguns outros poucos
povos – que é quase inacreditável. Por aqui, se houvesse uma partida de futebol
entre times temáticos, o placar seria de Futebol 7 x 1 Política. Regionalmente
teríamos ainda os clubes Carnaval, Caprichoso e Garantido, BBB, Vaquejada, Rock
in Rio, São João, Peão de Barretos, e outros aplicando imemoráveis goleadas de
7 a 1 na fraca equipe Política.
Entretanto,
é definitivamente a hora de acordar e entender que a política está em tudo o
que fazemos, que dependemos dela para praticamente tudo em nossas vidas. Na
vida pessoal, ou a dois, na família, no condomínio, junto ao grupo de amigos,
na escola dos filhos, no bairro, na cidade, no Estado, e no País.
Fazemos política sempre que há mais de uma pessoa envolvida. Pasmem, até
na hora de decidir o que iremos comer, quando há conflito pelo cardápio. Alguém
terá que ceder. Isso é fazer política. Negociar a melhor alternativa para
atender, de forma justa, aos anseios dos envolvidos. Ah, o preço do combustível
ou a carga tributária também é “culpa” sua – ou melhor, é responsabilidade sua
(e minha).

Parte do problema está na Câmara de Vereadores, na Assembleia Estadual,
na Câmara dos Deputados, no Senado, no sistema judiciário, e também enraizado
em gabinetes do executivo. Essa é somente uma pequena parcela. A maior parte
está no eleitor, na sociedade – em nós. Não devemos esperar que o político mude.
Quem precisa mudar somos nós.
Imagine-se dono de uma empresa. Você contrata profissionais para produzir e gerir seu negócio e espera que eles atuem de forma técnica e administrativamente reta e correta. Se saem dos “trilhos”, não obedecem a estratégia da empresa, você os demite. Imagine-se agora dono dessa empresa chamada Brasil. O direcionamento e o seu poder é o mesmo. Você tem poder e mando.
Precisamos ter interesse por política. Se dominamos a arte da política, fica bem mais fácil na hora de escolher os representantes.
Não culpe a política, culpe-se a si próprio. A nossa falta de interesse por este tema de suma relevância que determina o futuro de nossas vidas e negócios, é uma das tarefas que deve estar na agenda diária de cada cidadão. Tal como na sua empresa, o sucesso de um país passa por determinação, coragem e inovação.
Participemos do processo político sensibilizando
os pares e, arregaçando a manga, vamos transformar este no melhor país do
mundo.
Para refletir, Martin Luther King (1929 a 1968), outro grande expoente
da história ativista mundial, viralizou uma frase de valor inquestionável: “O
que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons”.
Você quer um Brasil melhor para as próximas gerações? Então seja e faça a diferença! Você também é responsável.
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Christian Dihlmann
Engenheiro Mecânico e Mestre em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, Especialista em Administração de Empresas pela Fundação Educacional da Região de Joinville - FURJ/UNIVILLE e Inventor. Aperfeiçoamento na área de fabricação de moldes e análise reológica em Portugal e Alemanha. Tem trabalhos publicados em revistas e congressos. Traduziu o livro “Tecnologia dos Plásticos” (Technologie der Kunststoffe). Foi durante 6 anos pesquisador do Grupo de Pesquisa e Treinamento em Comando Numérico e Automatização Industrial - GRUCON do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC.