O Lean thinking, também conhecido como Pensamento Enxuto, é uma filosofia de gestão que vem sendo difundida em diversas indústrias, focada na melhoria e (re)organização do ambiente produtivo.
Dessa maneira, este modelo de gestão busca entender o que é
valor para o cliente e a partir disso, ser capaz de não somente identificar,
mas também eliminar desperdícios por meio do melhoramento contínuo dos
processos de produção.
Neste artigo, você irá conhecer os cinco passos do
Pensamento Enxuto para ajudar a alavancar a posição competitiva da sua
indústria. Veja:
O que é Lean Thinking?
Quais benefícios do Lean Thinking?
Como funciona o Lean Thinking?
Vamos começar?
O que é Lean Thinking?
Como já dito anteriormente, o termo Lean Thinking significa
Pensamento Enxuto, no qual visa identificar e eliminar desperdícios por meio da
melhoria contínua dos processos de produção.
Com isso, é possível não somente melhorar a satisfação do
cliente, mas também alavancar a posição competitiva de uma organização em
relação à alguns fatores, tais como:
a velocidade e a pontualidade no atendimento aos clientes;
a flexibilidade para se ajustar ao seus desejos específicos;
a qualidade, e;
o preço do produto ou serviço ofertados.
Assim, o Lean Thinking deixou de ser apenas uma proposta
para a gestão do chão-de-fábrica para se tornar uma filosofia de gestão que
impacta diversas organizações ao redor do mundo.
Quais benefícios do Lean Thinking?
Desse modo, ao implantar a filosofia Lean uma organização
pode obter diversos benefícios, tais como:
Redução do tempo total de atendimento;
Redução de falhas;
Aumento da rotatividade de estoques;
Redução dos custos de produção.
Como funciona o Lean Thinking?
O Lean Thinking é composto basicamente por cinco passos, que
são:
Passo 1: Identifique o que é valor para o cliente
O primeiro passo consiste em identificar o valor percebido
pelo cliente. Para isso, é necessário saber as necessidades, desejos e
expectativas do consumidor final. E, a partir desse conhecimento, refletir de
forma crítica sobre os processos de produção a fim de identificar desperdícios
e aspectos que não agregam valor ao cliente.
Segundo o Pensamento Enxuto, considera-se desperdício o mau
uso dos ativos e o tempo de espera, seja ele do cliente, do material ou mesmo
do dinheiro do acionista. Além disso, a visão Lean tem como objetivo
proporcionar valor ao cliente ao mesmo tempo que utiliza os ativos de forma
eficiente.
Segundo Taiichi Ohono, considerado o pai do Sistema Toyotade Produção, existem 7 desperdícios que devem ser evitados na abordagem Lean,
são eles:
1. Estocar desnecessariamente
2. Movimentar itens desnecessariamente
3. Esperar desnecessariamente
4. Movimentar-se desnecessariamente
5. Retrabalhar algo já trabalhado e controlar
desnecessariamente
6. Trabalhar de forma inadequada
7. Produzir mais do que o necessário
Se você quiser conhecer mais sobre esses desperdícios, leia
o artigo Desperdícios da produção: quais são os 7 principais.
Passo 2: Mapeie o fluxo de produção e encontre os desperdícios
Agora que já sabemos o que agrega valor ao cliente, o
próximo passo é ter clareza sobre os processos de produção para combinar o
valor do cliente com o aproveitamento dos ativos.
Para realizar tal empreitada, é importante mapear todo o
fluxo de produção, também conhecido no Lean como “Mapeamento do Fluxo de
Valor”, que visa em primeiro lugar mapear o sistema atual e logo após mapear o
fluxo ideal, ou seja, como o processo deveria ser para maximizar a eficiência.
É importante ressaltar que no mapa ideal, nenhum processo
pode ter um ciclo com atividade superior ao takt-time (ciclo da demanda), pois
se isso ocorrer o sistema não conseguirá aproveitar a oportunidade de mercado
existente, e consequentemente será ineficaz.
Com o mapa atual e o mapa ideal em mãos, está na hora de
definir qual será o mapa de fluxo viável diante das condições existentes na
empresa.
Durante esse processo, busque envolver a equipe que está na
linha de frente, afinal eles conhecem muito bem o processo e podem dar ótimos
“insights” de melhoria. Dessa forma, os colaboradores se sentirão valorizados
por suas contribuições ao projeto e facilitarão a implantação de mudanças
futuras.
Segundo Eduardo Jardim e Ricardo Costa(2015), existe um oitavo desperdício que pode ser considerado o mais relevante, devido a sua capacidade de criar as condições para a eliminação dos outros desperdícios.
Tal desperdício foi chamado de “Não aproveitar a criatividade e inteligência dos colaboradores”, pois muitos problemas encontrados nos processos podem ser solucionados com o apoio dos colaboradores que estão ali diariamente.
Passo 3: Implante o fluxo contínuo
Neste passo, podemos notar que os problemas de gestão da produção podem ser classificados em duas naturezas, são elas:
Falta demanda: Ocorre quando há ociosidade excessiva na capacidade instalada, e é preciso tomar decisões como demitir pessoas, vender ativos, desconstruir sistemas eficientes e equipes competentes que em momentos anteriores já renderam muitos frutos.
Excesso de demanda: Essa situação ocorre quando há diversas
oportunidades no mercado, mas a empresa não consegue aproveitá-las enquanto
cumpre os compromissos já assumidos.
Então, para minimizar esses problemas de gestão é necessário
que a empresa tenha um bom fluxo contínuo da produção.
Para estabelecer o fluxo contínuo, é preciso dispor a linha de produção em lotes econômicos e organizar o layout em departamentos funcionais especializados, ou seja, agrupando famílias de produtos que sejam semelhantes.
Assim, categorizando os serviços e especializando os recursos para
o atendimento de cada tipo de serviço, a complexidade dos recursos diminui e
provavelmente a empresa poderá ofertar mais valor ao cliente.
Passo 4: Deixe o cliente puxar a produção
Após estabelecer o fluxo contínuo, é possível aumentar a
velocidade do processo ao trabalhar em conjunto a “Produção Puxada” e a
“transferência em pequenos lotes”, pois a equipe terá mais facilidade, foco e
concentração em gerar valor para todos os stakeholders.
De acordo com o Lean, às vezes, puxar a produção significa utilizar um ativo abaixo do seu potencial instalado. Caso esse ativo seja muito caro, é comum que a empresa fique receosa em se acostumar com essa ineficiência forçada.
No entanto, é preciso deixar de olhar esse custo afundado (custo que
já foi realizado anteriormente) para escolher a opção que trará maior valor no
presente e no futuro.
Passo 5: Busque a perfeição aprimorando continuamente os processos
O último passo é sempre buscar a melhoria contínua, bem como proporcionar clareza aos colaboradores que estão envolvidos nos processos a fim de alcançar os objetivos estratégicos da empresa.
Assim, na cultura Lean as
pessoas são vistas não apenas como a base da transformação, mas também o
instrumento e o fim para alavancar a satisfação do cliente e agregar valor aos
stakeholders.
Atualmente, existem diversas ferramentas que podem te
auxiliar nesse processo de melhoria contínua, dos quais podemos destacar:
Kaizen;
Ferramenta A3;
quadro de gestão visual.
Lembre-se que ao implementar o lean thinking na sua
indústria, busque adaptar os cinco passos à sua realidade. Assim, você
conseguirá extrair o máximo possível do pensamento enxuto.
Agora que você já sabe como essa filosofia de gestão pode
impactar de forma positiva sua indústria, coloque esses passos em prática e
aproveite todos os benefícios que o Lean Thinking pode proporcionar.
Fonte Blog Nomus
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