Custo e investimento: como diferenciá-los na sua indústria

Custo e investimento: veja suas diferenças e saiba como sua indústria pode investir certo para reduzir custos no longo prazo.

Reduzir as despesas, diminuir os custos e realizar o investimento certo costumam ser árduas tarefas para uma indústria durante crises econômicas, como esta pela qual estamos passando. Para reduzir riscos, é preciso que o gestor da indústria saiba a diferença de custoinvestimento, de forma a tomar decisões mais assertivas.

Seja por desconhecimento ou falta de experiência, investimentos em tecnologia ou em maquinários são encarados como gastos extras, principalmente por indústrias menores, que não conseguem diferenciar custo e investimento.

Mas é preciso que esse gestor saiba exatamente que a relação “custo vs. investimento” tem algumas diferenças bastante importantes, e que ajudam a empresa a crescer de uma forma mais sustentável.

Saiba como diferenciar custo e investimento e entenda por que investir certo na crise pode lhe ajudar a ter um crescimento na sua indústria.

Custo e investimento: entenda as diferenças

A correta diferenciação entre os custos e investimento de qualquer empresa se faz extremamente necessária para o bom andamento e para a saúde de um negócio.

Primeiramente, é preciso entender a definição de gastos, visto que esse é um conceito mais amplo. Por definição, bens e serviços adquiridos por uma empresa são considerados como “gastos” em algum momento de sua existência.

Porém, existem gastos com a compra de matérias-primas, mão de obra, insumos, que, no decorrer do processo, se transformarão em custos, despesas ou investimentos - e que apresentam algumas diferenças, como explica Fábio Alves, Sócio-Diretor da KIMIA Consultoria.

“Custo é um gasto relacionado à aquisição ou produção de um bem ou serviço”, indica. Alguns exemplos de custos são matéria-prima, mão de obra, energia elétrica, embalagem, manutenção, gastos gerais de fabricação.

Já o investimento significa aplicar um recurso (dinheiro, tempo, conhecimento) para conquistar um benefício futuro. Em geral, o investimento está associado à aplicação de um dinheiro para se ter um rendimento em forma de lucro.

Custos e investimentos devem estar bem alinhados dentro da indústria

Para muitos gestores, cortar custos e fazer investimentos é uma necessidade recorrente para o crescimento da indústria, mas não é bem assim que a gestão deve acontecer.

O sócio-diretor da Kimia Consultoria explica que tanto os investimentos quanto os custos devem ser planejados e muito bem gerenciados na indústria.

“Fazer bons investimentos é essencial para o crescimento da indústria e para a competitividade frente aos concorrentes. Quanto aos custos, o problema não é tê-los, dado que eles são inerentes aos processos industriais, mas sim não ter visibilidade, controle e iniciativas de redução dos custos em excesso”.

Por isso, a boa capacidade da indústria em fazer bons investimentos - e colher os seus resultados benéficos - deve estar acompanhada por uma gestão mais disciplinada dos custos, pois o seu descontrole pode corroer os lucros conquistados.

Invista certo hoje e tenha menos custos amanhã

No ramo industrial, o investimento certo resulta em ganhos futuros interessantes que, inclusive, podem reduzir os custos, sendo esse mais um ponto de diferenciação entre custo e investimento.

Para entender melhor, imagine a seguinte situação: sua indústria tem uma máquina ultrapassada que cumpre seu papel relativamente bem, porém, ela consome muita energia e apresenta quebras frequentes, elevando os custos.

Diante disso, você, como gestor industrial, pensa em investir em uma máquina que consuma menos energia e não exija tantos reparos. Porém, é necessário um investimento inicial bastante grande. Será que vale a pena?

Possivelmente a resposta será sim, afinal, investir em uma nova máquina será mais vantajoso, pois os custos extras serão evitados em comparação com uma máquina que tem reparos frequentes e consumo ineficiente.

Porém, para não errar nesse investimento, o gestor deve saber escolher, dentre as tecnologias presentes, aquelas que tenham um maior potencial de retorno ao longo prazo. Para isso, é fundamental testar e medir o sucesso de sua aplicação.

É necessário estabelecer parcerias com instituições de pesquisa e Universidades, assim como melhorar a cultura de transformação das pessoas que fazem parte do negócio para minimizar os custos na adoção dessas tecnologias.

Pense em investimentos sempre no longo prazo

Com o tempo, processos bons e até então eficientes se tornam obsoletos, a ponto de gerar problemas de desempenho capazes de colocar em risco a sobrevivência do negócio. “Investir certo nesse momento é essencial, principalmente pensando em um horizonte de tempo mais longo”, complementa Alves.

Para isso, alguns critérios devem ser considerados para a indústria projetar seus investimentos:

  • Custo da operação ao longo do tempo;

  • Maior exigência de qualidade pelo consumidor que pode requerer uma tecnologia mais atualizada;

  • Gestão aprimorada pela melhor manipulação de dados;

  • Saber lidar com um volume crescente de informação;

  • Adequação às normas ambientais e de segurança do trabalho. “Estas normas têm mudado com frequência”, diz Alves.

A relação de custo e investimento apresenta diferenças, mas é preciso entender que um termo é dependente do outro, o que ajuda a reconhecer qual será o impacto sistêmico gerado por cada investimento nos custos ao longo prazo.


Fonte A Voz da Indústria

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