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O Primeiro Passo na Jornada da Indústria 4.0
Indústria 4.0 - A era da produção inteligente e a função do engenheiro
Indústria 4.0 não é uma
revolução tecnológica, é uma revolução na cultura organizacional pela inovação.
A Indústria 4.0, ou a quarta revolução industrial traz em seu bojo
muitas oportunidades e ameaças, em um processo de transformação nunca antes
experimentado pelas organizações. Estamos vivendo numa era em que acordamos com
novas invenções revolucionárias, novos modelos de negócio, novas oportunidades
que fazem nascer novas organizações e tornar outras obsoletas rapidamente.
O elemento chave para esta transformação, ou contrário que a maioria
pode pensar, não é a tecnologia, mas sim o ser humano, responsável por todo
processo de inovação. As transformações são decorrentes de todo processo de
inovação que está ocorrendo nas organizações orientadas para o futuro.
A preparação para a Indústria 4.0 começa por estabelecer uma cultura
orientada para Inovação, que será o motor de todo processo de transformação, que
por consequência irá no devido momento demandar processos automatizados e as
tecnologias habilitadoras.
Desta forma, o primeiro investimento de toda empresa que esteja
buscando preparar-se para Indústria 4.0, deveria ser em capacitar seus gestores
para criarem a cultura de inovação, e saberem como planejar processos e
soluções disruptivas, por meio das pessoas, capacitadas e motivadas.
As pessoas ajudam as empresas a realizar sua transformação digital e
são as mais afetadas pelas mudanças no local de trabalho. Seu ambiente de
trabalho direto é alterado, exigindo que eles adquiram novas habilidades e
qualificações. Isso torna cada vez mais crítico que as empresas preparem seus
funcionários para essas mudanças através de treinamento adequado e educação continuada.
Com a velocidade das mudanças se faz necessário entender o novo papel
do ser humano no processo industrial, que definitivamente migra de atividades
manuais e operacionais, para interação com processos produtivos complexos, que
demandarão mão de obra cada vez mais especializada, e criará demandas para
formação profissional.
Análises realizadas do impacto da Indústria 4.0 na manufatura alemã por
BCG (Boston Consulting Group) mostram
que o crescimento econômico que será provocado, vai levar a um aumento de
emprego em 6%, durante os próximos dez anos.
A procura no setor de Engenharia Mecânica pode subir ainda mais, em
torno de 10 por cento durante o mesmo período. No entanto, diferentes
habilidades serão requeridas.
A prontidão na dimensão dos funcionários é determinada pela análise das
habilidades dos funcionários em várias áreas e os esforços da empresa para
adquirir novos conjuntos de habilidades.
No contexto da abordagem pautada na indústria 4.0, é importante que os
profissionais da empresa sintam a necessidade de pensar e agir dentro dos novos
padrões tecnológicos, estando dispostos a experimentar, aprender novas formas
de funcionamento e adaptar os processos diários nessa direção.
Ter as pessoas certas no lugar certo é fundamental para alavancar ganho o
tecnológico, e para a realização dos objetivos de manufatura
inteligente. Isso levou a muita discussão sobre a escassez de trabalhadores
qualificados na força de trabalho,
muitas vezes referido como o "déficit de competências". De acordo
com o Departamento de Educação
dos Estados Unidos, "60 por
cento dos novos empregos que vão surgir no século 21 exigirão habilidades possuídas por
apenas 20 por cento da força de trabalho
atual".
Uma pesquisa da consultoria Roland Berger estimou a escassez de mais de 200 milhões de
trabalhadores qualificados no mundo, nos próximos 20 anos.
Estimativa do Boston Consulting Group (BCG) indica que o número de empregos deve aumentar 6% nos
próximos dez anos. A demanda por funcionários no setor de engenharia
mecânica deve subir ainda mais, cerca de 10%. A expectativa geral é que sejam criados 960 mil postos de trabalho, principalmente nas áreas de TI
e de desenvolvimento de software.
Figura 1 – Talentos digitais e competências – Fonte: Forum Econômico
Mundial
Uma estratégia de sucesso para recrutamento e retenção de
talentos depende do apoio que ela recebe da liderança da organização. O impulso
para ajustar, desenvolver e fomentar esta cultura digital deve vir de cima. Ainda
assim, relativamente poucas empresas fazem as mudanças radicais necessárias nas
suas lideranças e nos membros do conselho (Fonte: PwC, Strategy for the Digital Age: A New Take on Talent).
Trazer liderança para a era digital
Líderes precisam contratar pessoas com atitude inovadora, mentalidade digital e uma vontade de desafiar o status quo. Uma maneira possível para as organizações facilitarem a mudança na alta administração é criando workshops de imersão tecnológica ou comitês consultivos para os membros do conselho.
Fomentar a cultura digital na empresa
Os fatores que definem a cultura de uma empresa digital incluem um forte senso de propósito e uma força de trabalho digital diversificada e de alto quociente. A liderança precisa liberar a criatividade das pessoas e aplicar metodologias lean start-up, bem como hackathons e design thinking.
Criar ambientes onde humanos e máquinas autônomas podem trabalhar juntos com sucesso
No momento em que trabalhos são ameaçados pela automação, empregadores
terão que avaliar onde é possível reabilitar trabalhadores, tanto para
trabalhar junto com os robôs como para atuar em novas atividades.
Integrar sua força de trabalho sob demanda
A forma mais eficiente de recrutar trabalhadores sob demanda é por meio de plataformas online de talentos. A força de trabalho estendida pode ajudar a melhorar a qualidade geral do pool de talentos.
Conclusão
*Autor Paulo Roberto dos Santos
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