Acredito que somos recebidos diariamente por nossos clientes e fortalecemos amizades, em geral, por dois motivos: no primeiro caso porque somos referência como pessoa e profissional. Alguém que traz soluções, estratégias, dicas e boas notícias, a fim de proporcionar principalmente lucro. E no caso de nossas amizades, porque somos pessoas que somam aprendizado e bem estar através de nossa companhia.
É imperativo mantermos ambientes e pessoas positivas! Pois infelizes não compram.
Uma pessoa infeliz não vai às compras, e os anunciantes sabem bem disso. De modo que, ou os jornais – e também a mídia em geral - encontram um meio de tornar as pessoas mais felizes, ou a receita publicitária, que tanto emagreceu nesses meses de crise, não voltará a engordar.
Se os jornais da Alemanha e do Japão no pós-guerra se deixassem contaminar por esse tipo de pessimismo que hoje afeta a mídia no Brasil, nenhum dos dois países teria sido reconstruído. Penso até mesmo que daqui a pouco as campanhas de renovação de assinatura de jornais e mídias de um modo geral serão assim: refaça a sua assinatura e ganhe de presente um “vale um descanse em paz”, pois depois de uma longa tempestade de notícias ruins, a única perspectiva válida parece ser a morte.
No ano de 2015 participei de 68 Congressos, ministrei mais de 130 palestras, e conheci milhares de pessoas portadoras de ótimas notícias. Ótimos eventos e momentos que me mantiveram “blindado” de coisas e notícias ruins a todo o tempo.
Através de uma palestra interativa denominada de Abatendo gigantes – Estratégias para obter mais lucro e superar grandes concorrentes, em seu conteúdo trabalho 10 mitos e desmitifico pontos essenciais ao crescimento das organizações e evolução profissional das pessoas, proporcionando ao ser humano maior felicidade e equilíbrio em seu dia a dia e tornando a sua empresa vencedora.
Aqui vamos trabalhar juntos os principais mitos, assim como compartilharei as 10 posturas vencedoras para superá-los e um breve ponto de vista como consultor e estrategista, pois tenho certeza que ninguém chega ao triunfo vendo o mundo pela ótica das ameaças. Mudanças são e serão sempre necessárias, para crescermos através da inovação, evolução e busca de pontos faltantes ou complementares que irão garantir lucro ético e sadio ano a ano.
Mito 1: treinamento é teoria, o importante é a ação.
Postura vencedora 1: Por serem um conjunto de seres humanos e, por estarem em um ambiente de permanente mudança e pressão, as empresas devem destinar uma parcela importante de seu tempo e recursos financeiros para atualização, desenvolvimento e inovação de seus processos e equipes rumo a excelência constante.
Ponto de vista do Consultor: Empresas vencedoras não estão paradas em seu tempo; ao contrário, elas estão à frente do seu próprio tempo. Por isso mesmo, o treinar e desenvolver pessoas significa preparar os seres humanos para os desafios, para oportunidades e tecnologias ainda nem existentes. Aprender a arte de quebrar paradigmas do passado é o primeiro passo para evitar a armadilha “sempre deu certo assim” e que hoje pode resultar em falência. Outro aspecto importante é ampliar o horizonte das pessoas, pois mobilidade, conectividade e interatividade não são o futuro, mas atuais conceitos de se realizar as coisas e se manter “vivo”.
Mito 2: qualidade não é investimento e diminui o lucro.
Postura vencedora 2: Por praticar o ganho mútuo, a empresa vencedora não admite maximizar sua rentabilidade, minimizando ou eliminando a sua qualidade. Ela parte, então, da equação inversa: clientes mais satisfeitos, devidamente servidos e encantados com a excelência do serviço, não se recusam a pagar a qualidade embutida no valor percebido, fechando a equação econômica na obtenção de uma rentabilidade mais atrativa e sustentável.
Ponto de vista do Consultor: A empresa vencedora jamais raciocina colocando o ganho financeiro em primeiro lugar, e como meta prioritária. Sem dúvida o lucro é fundamental e necessário, mas não é o único foco. As ações de uma empresa vencedora convergem para motivos mais nobres, que fazem parte da sua essência, de sua missão e valores. Alguns afirmam que qualidade já não é mais vantagem, mas “faz parte do pacote”.
Infelizmente com a crise, cortes de custos necessários e guerra de preços que vivenciamos, a qualidade de produtos e serviços decaiu, e voltou a ser um diferencial.
Mito 3: lucros maiores são obtidos necessariamente através de salários menores.
Postura vencedora 3: Seres humanos motivados na sua essência podem produzir com mais eficácia, assumem maiores responsabilidades e executam com maior eficiência. O tema remuneração deve ser pauta nas conversas entre funcionários e gestores, e nenhuma das partes deve se sentir prejudicada, achando que paga muito ou recebe pouco. Por natureza o homem é um ser insatisfeito, principalmente quando falamos de salário, mas também não significa que deve existir injustiça ou exploração de mão de obra.
Ponto de vista do Consultor: A empresa vencedora deve sempre trazer todos para o jogo do ganha-ganha, considerando seus colaboradores como parceiros estratégicos e aliados para a conquista de ótimos resultados. A pirâmide de Maslow é aplicável em qualquer organização, e não tendo as suas necessidades satisfeitas, nenhum ser humano será capaz de produzir de forma sustentável. As pessoas precisam ser remuneradas de forma justa para que possam satisfazer suas necessidades, independente do nível em que se encontram na pirâmide.
Mito 4: produtos com preços mais altos não são vendidos no mercado atual.
Postura vencedora 4: Referência, serviços complementares, qualidade (que mencionamos anteriormente e volta com força em ser um diferencial), são todos aspectos que influenciam a relação custo x benefício. Cada empresa define o peso e relevância destes pontos para compor o seu preço, o que coloca cada produto ou serviço em um patamar. Assim, o preço mais alto não representará obstáculo para a compra tendo o consumidor ideal e que gera ganho mútuo.
Ponto de vista do Consultor: A empresa vencedora não está no “jogo de mercado” com uma visão reduzida de curto prazo; como instituições adultas, irão sempre buscar um critério de justiça nas suas relações diretas. Desse modo, suas atividades são desenvolvidas no sentido mais nobre de contribuir com valor agregado, o que, por si só, merece reconhecimento e pagamento de um justo valor. Se seu preço for mais alto, não será por falta de consistência, e deverá ser aceito por seus consumidores, elevados também à condição de parceiros de negócios ou sócios em algumas operações estratégicas. Outro ponto importante é que o preço é estabelecido na relação entre quem compra e quem vende. Para você pode ser caro, para o outro, está pagando o justo e até pouco pelo que recebe em troca.
Mito 5: em um mercado em recessão, o prejuízo é inevitável.
Postura vencedora 5: A empresa deve ter como parte intrínseca de sua personalidade e marca os atributos de flexibilidade, predisposição à mudança, adequação e caixa extra para desenvolvimento e investimento de curto, médio e longo prazo. Oscilações de seu mercado, mudanças no governo, crises econômicas, nenhuma empresa ou profissional liberal está livre destas variáveis, mas deve saber administrá-las da melhor forma possível e com criatividade.
Ponto de vista do Consultor: Empresas vencedoras possuem planejamento estratégico, análises concretas de seus pontos fortes, fracos, planos de contingência e claro, pensamento criativo e atento para crises e novas oportunidades. Sem dúvida não é tarefa fácil, exige disciplina, dedicação, muito estudo e preparo, mas com certeza é essencial para se manter de portas abertas e assegurando a rentabilidade mínima necessária, pois o lucro é a semente do amanhã.
Mito 6: caindo o mercado, necessariamente o nosso volume de negócios também cai.
Postura vencedora 6: A empresa vencedora é, antes e acima de tudo, um pólo de inovação; sua obstinação se resume em construir e manter um clima permanentemente rentável e saudável. Com objetivos delineados, mudanças e obstáculos terão respostas estratégicas rumo ao florescimento de sua força e identidade de marca.
Ponto de vista do Consultor: Este talvez seja o maior tabu quebrado pelas organizações que chegam ao triunfo e se mantém na glória de sua marca e resultados rentáveis. Em uma economia que cresce de 2% a 4% ao ano, durante quinze anos, é normal encontrar empresas que tenham crescido 20%, 30% e até 50% ao ano. Há uma cultura de desafio permanente, conforme exposto até este momento do artigo, e com certeza, seu crescimento não dependerá de uma média teórica do comportamento da economia como um todo.
Além disso, quando a “maré” fica baixa, ela fica baixa para todo mundo. E quando a “maré” fica alta naturalmente os mais preparados terão melhores resultados, equilíbrio e fartura de imediato por terem acreditado e investido em um mercado de oportunidades e abundância futuro.
Mito 7: brasileiro é negligente, apático e não gosta de trabalhar.
Postura vencedora 7: Não existe ser humano preguiçoso ou sem atitude. O que existe, em sua maioria, são colaboradores mal preparados, mal motivados e mal orientados em virtude do apagão e falta de liderança. A empresa, como sistema mais forte, tem obrigação de entender a sua missão maior, que é em parte se constituir em pólo de engenharia humana, da qual faz parte o entendimento das limitações culturais, no âmbito da psicologia e antropologia da vida, de seus colaboradores, inclusive, e talvez principalmente, em todo o seu desenvolvimento de uma sadia relação de amor ao trabalho construtivo. Com esse enfoque, a postura e as atitudes corretas consistem em transformar o dever e a obrigação no prazer do desafio e da conquista diária a favor do coletivo, e de forma constante.
Ponto de vista do Consultor: Mais uma vez e acima de tudo, a empresa vencedora que atinge a excelência entende que a construção de um futuro sólido e desejável depende da construção de sólidas alianças sustentadas em longo prazo e de forma mútua. Dentro desta direção, certamente se encontra o conceito de sinergia de forças e complementação. Assim, se efetivamente o ser humano não tem organizada, de maneira saudável sua relação com o trabalho, e esta não é absolutamente uma característica negativa tão somente de homens e mulheres brasileiras, caberá a empresa auxiliar cada indivíduo no sentido de construir sua plenitude de realização e gratidão na sua vida profissional que lhe tomarão pelo menos dois terços de seu tempo, e durante pelo menos 30 anos de sua vida regada de emoções de realização ou desmotivação profissional e por consequência pessoal.
Mito 8: empresa brasileira não consegue atingir níveis internacionais de excelência e profissionalismo de equipes.
Postura vencedora 8: O brasileiro não só tem várias características de outros países que operam nos níveis de competitividade internacional, como em muitos outros tópicos – capacidade de resposta, criatividade, flexibilidade, humor, docilidade, gentileza, empatia, cortesia, integração a beleza natural, e comunicação interpessoal abundante...- Nós somos muito mais capazes que a grande maioria dos países. Alguns tópicos como educação, personalismo (envolvendo paternalismo), pânico de conflitos, além da relação com o trabalho, anteriormente contestada, podem perfeitamente ser trabalhados em processos de educação continuada e de forma extremamente consciente e madura.
Ponto de vista do Consultor: Se japoneses, alemães, italianos, americanos, coreanos, tailandeses, malaios, espanhóis, portugueses, e outros povos conseguem atingir os níveis de benchmarking, por que nós não temos condições? Precisamos tomar atitudes e eliminar questões e dúvidas que assassinam nossa fibra moral, autoestima e força de vontade em sermos melhores diariamente. Uma após outra, as empresas vencedoras quebraram tabus sobre a dificuldade de sermos competitivos nos padrões de “Primeiro Mundo”. De empresas como a WEG, brasileiros como o Mestre Ivo Pitanguy, Ayrton Senna entre outros magníficos exemplos... Gradativamente estamos conseguindo multiplicar muitos e muitos brasileiros que chegaram, e chegarão ao sucesso com equilíbrio e prosperidade. Durante décadas fomos destruídos por passividade e por esperar que as pessoas e até países de primeiro mundo olhassem por nós. Acordamos finalmente como nação e como empresários e temos consciência que devemos ter responsabilidade pelo crescimento de nossas equipes, assim como da rentabilidade e expansão de nossos empreendimentos com profissionalismo, disciplina, métodos eficazes e perseverança. Diante da nova necessidade de um nível maior não só de força de vontade, de automotivação, e de profissionalismo, se espera muito mais de educadores, de lideranças, de desenvolvedores, de empresários de sucesso que nos sirvam de exemplo ético e profissional, rumo a patamares de crescimento, ética e riqueza compartilhada em equipe. Tenho certeza que estamos preparados para atingirmos níveis maiores de crescimentos e metas arrojadas de curto prazo. Vamos juntos!
Mito 9: uma cultura empresarial leva muito tempo para ser mudada
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Postura vencedora 9: No novo ambiente de competitividade não há tempo para grandes períodos de maturação. Cultura empresarial neste cenário atual não é matéria situada somente no campo do comportamento. Muito mais: é uma questão prioritária no âmbito de competitividade que já está instalado no Brasil e no mundo!
Ponto de vista do Consultor: Além de sua postura claramente humanista aliada a uma visão estratégica profunda, a empresa vencedora é dotada de um gigantesco senso prático. Sua capacidade é fazer acontecer e fazer dar certo, é um objetivo tão importante quanto formar seres humanos felizes. Felicidade, competitividade e perseverança caminham na mesma trilha em constante construção. Não é válido ter um conjunto competitivo neurótico, mas também não se aceita, em hipótese alguma, um conjunto de seres humanos apáticos e falidos por não sentirem seus valores e propósitos se tornarem algo palpável que vá além do dinheiro e mostre um legado que tenha sido válido realizar.
Mito 10: no brasil qualquer planejamento com mais de três ou seis meses é exercício teórico de adivinhação.
Postura vencedora 10: Quanto maior for à certeza do ambiente, mais urgente se torna a elaboração de um consistente plano de longo prazo, a fim de delinear as referências do desenvolvimento da empresa nos mínimos detalhes. Mais do que tudo, entretanto, o planejamento jamais deve ser encarado como um ato burocrático e sim um mapa de oportunidades e conquistas graduais. Existe a certeza de que, a partir da visão do futuro, de impregnação de suas linhas no cérebro, é mister que seja construído com crença, energia, fé, paixão, persistência, trabalho inteligente e intenso, ambição e sobretudo com união e força de vontade.
Ponto de vista do Consultor: Certamente pessoas e empresas que quebram tabus, crescem e lucram em todos os âmbitos da sociedade. Empresas vencedoras têm causas e visões de longo prazo, e aplicam de maneira sistematizada formas de crescimento e lucratividade com planos que variam entre 5 até 30 anos, e esse planejamento é aceito como procedimento normal. Pois definitivamente, elas não concebem trabalhar no escuro e, muito menos, na bagunça da improvisação.
Saiba ainda que, independente do que façamos para sobreviver nesta magnífica e complexa vida, devemos procurar diariamente motivos pelo qual viver, evoluir e crescer... E, quem sabe ainda em vida assistirmos o nosso legado florescer.
Tenha atitude, trabalhe com inteligência e sempre traga uma boa notícia, por favor! Pois elas constroem pessoas e empresas vencedoras.
Tenha um fabuloso dia hoje e sempre... Pois o MERCADO é do TAMANHO de sua IMAGINAÇÃO.
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Paulo César Silveira
Conferencista com mais de 2500 palestras em seus 21 anos de carreira, nas áreas corportamental, liderança, vendas consultivas, negociação, vendas técnicas e comunicação com base em influência. Foi contratado por mais de 200 empresas das 500 melhores empresas eleitas pela Revista Exame. Professor convidado da FGV/SP, FIA FEA/USP, UDESC e UFRGS. Consultor, empreendedor e articulista com mais de 900 artigos editados. Autor de 26 livros, destacando-se os best-sellers: A LÓGICA DA VENDA, ATITUDE – A Virtude dos Vencedores e o VENDA SUSTENTÁVEL – A Lógica da NEGOCIAÇÃO lidos por mais de 4,8 milhões de leitores. Está revolucionando o mercado com novas formas de pensar e treinar equipes comerciais, com formatos disruptivos e inovadores, trazendo resultados nunca antes alcançados! Sua experiência e conhecimento são amplamente compartilhados em livros e artigos. Esses não só fizeram sucesso entre os mercados corporativos, como também despontaram em vendas para o público geral, tornando alguns dos seus títulos como os mais aplicáveis e vendidos do segmento. Sendo ainda Mentor e líder do Projeto Liderança Made in Brazil.