Como alcançar eficiência operacional na sua indústria?

Ao alcançar sua máxima eficiência operacional, toda indústria consegue lucrar mais e ganhar em competitividade. Mas, para isso, há a necessidade de considerar alguns pontos

No ambiente industrial, a busca pela eficiência operacional é uma necessidade recorrente. Ela pode ser entendida pela adoção de variadas medidas que visam melhorar diferentes processos da rotina industrial.

Para Thiago Leão, Diretor Comercial da Nomus, a busca pela eficiência operacional em uma indústria significa “ter processos e projetos orientados em se fazer mais com menos ou os mesmos recursos, sem que haja impacto na qualidade do produto, serviço ou experiência do cliente”.

Entretanto, implementar a eficiência operacional em uma indústria não é tarefa fácil. Quando feita sem a técnica correta, acaba prejudicando a qualidade dos serviços ou dos produtos prestados.

Por isso, veja como melhorar a qualidade dos processos da sua indústria e entenda porque eles elevam a eficiência da sua rotina industrial.

O que é eficiência operacional?

Você já buscou realizar alguma mudança no seu comércio, empresa ou indústria visando redução de seus custos, mas sem comprometer a qualidade do serviço ou produto? 

Segundo Leandro Simões, CEO da EVOLV, se você tentou fazer isso, você investiu em eficiência operacional!

O especialista da EVOLV explica que toda mudança que permita realizar uma atividade ou processo utilizando menos recursos, sejam eles, tempo, humano, capital financeiro, matéria-prima, desperdício etc. pode ser encarada como aumento de eficiência operacional.

“Alcançar a eficiência operacional seria o equivalente a fazer mais ou melhor gastando menos. No contexto da indústria, melhorias que podem ser implementadas para reduzir desperdícios ao longo do processo produtivo são entendidas como aumento de eficiência operacional”, complementa.

Já para Aloísio Arbegaus, diretor comercial da Teclógica, a eficiência operacional envolve um cenário bem mais amplo, e está relacionada à geração de resultados por parte da indústria.

“Para alcançar a eficiência das operações, a indústria deve envolver não apenas os processos, mas os equipamentos e materiais necessários, mão de obra e as pessoas envolvidas no trabalho”, salienta Arbegaus.

Dessa forma, todo gestor de uma indústria deve entender que a busca pela eficiência operacional dentro da sua indústria deve ser sempre constante!

Otimizar lucro e ganhar em competitividade: benefícios da eficiência operacional

Quando adotada pela indústria, a eficiência operacional oferece dois benefícios bastante claros: Otimizar o lucro sem comprometer a qualidade da operação e ganhar em competitividade.

Em linguagem figurada, Thiago Leão explica que alcançar a eficiência é a mesma coisa que “espremer mais a laranja para se ter maior rendimento de suco”. 

“A eficiência operacional garante melhor aproveitamento do maquinário, da estrutura, da mão-de-obra e dos insumos para que possam ser diminuídos os custos ou aumentar a performance, levando a um ganho de eficiência e, assim, impactando o lucro”, indica.

Por outro lado, uma empresa eficiente também ganha competitividade frente aos seus concorrentes. Isso pode chegar aos olhos do mercado por meio de ações quanto ao preço ou valor de marca.

A introdução de tecnologias, como um software de ERP, em uma indústria, por exemplo, pode mudar muito a eficiência operacional dessa empresa, principalmente em decorrência da melhor apuração dos seus tributos, ajustes no fluxo de caixa, melhor relação entre pedidos e estoque e mais precisão nos prazos de entrega.

Além do mais, o que se observa é que existe um enorme potencial em melhorar a eficiência operacional de uma indústria reduzindo custos que muitas vezes não estão tão evidentes. 

Leandro Simões cita como exemplo os custos de manutenção e paradas de linha. 

“Hoje no Brasil ainda vemos um cenário de baixa penetração de tecnologias 4.0. A manutenção ainda é muito dependente de processos tradicionais e um enorme dispêndio de tempo e mão de obra, além da baixa previsibilidade da saúde dos equipamentos na planta”. 

Diante disso, o CEO da EVOLV explica que com a adoção de ferramentas simples, eficientes e de baixo custo da indústria 4.0 é possível ter uma gestão muito mais eficiente da planta e minimizar as paradas de produção.

“Na EVOLV, por exemplo, temos casos de sucesso impactantes com a implantação de sensores de preditividade da saúde de máquinas que evitaram paradas críticas de equipamentos e ajudam os times de manutenção a dar atenção onde realmente importa”, completa.

Como calcular a eficiência operacional da sua indústria?

Você sabia que as variáveis relacionadas à eficiência operacional de qualquer indústria podem ser calculadas? Ou seja, alguns indicadores podem ser considerados para ter a essa eficiência.

Na indústria, há um indicador chamado OEE (Overall Equipment Effectiveness) que é bastante conhecido. Na tradução livre OEE significa “cálculo de eficiência dos equipamentos”.

Segundo Thiago Leão esse indicador é a junção de três fatores: disponibilidade, performance e qualidade. Logo, o OEE é calculado (% disponibilidade de máquina) x (relação entre quantidade produzida vs quantidade esperada) x (% de peças dentro do padrão de qualidade). 

Além do OEE, o diretor comercial da NOMUS sugere realizar a medição do Resultado Operacional. 

“Esse indicador é, basicamente, a Receita líquida menos os custos e despesas operacionais. O Resultado Operacional impacta diretamente na geração de caixa da empresa que, na minha opinião, traz solidez e eficiência à operação”. 

Também é possível calcular a eficiência operacional por meio dos resultados de um investimento, que deve considerar os custos e o lucro obtido com os seus esforços. 

Para isso é necessário avaliar os aspectos competitivos do mercado, preço dos serviços e produtos e a demanda dos consumidores, alcançando equilíbrio entre eles.

Por fim, o monitoramento constantemente da produção deve ser adotado para avaliar o que está ou não dando certo, sendo muitas vezes necessário criar um bom plano de ação. 

Para isso, Aloisio Arbegaus sugere que a indústria invista em ferramentas que geram dados e análises consistentes sobre as mudanças que a empresa está implementando.

“Sistemas automatizados, por exemplo, podem ajudar a identificar de maneira mais rápida os gargalos na produção, auxiliando a gestão a ser mais assertiva e contribuindo para um aprendizado constante”, diz.

Tecnologia: peça central da busca pela eficiência operacional

As ferramentas tecnológicas representam uma das peças centrais da eficiência operacional. Sem ela muitos processos continuam manuais e geram custos desnecessários. 

Assim, para evitar esses gastos o investimento em tecnologias que gerem indicadores otimizados sobre a produção, em tempo real, é essencial. 

Também é importante adotar ferramentas inteligentes que automatizam processos complexos ou que envolvem o trabalho repetitivo.

Dentre essas tecnologias, ditas como tecnologias digitais, Leandro Simões sugere aquelas tecnologias relacionadas à Internet das Coisas (IoT) e Inteligência Artificial (IA) como as mais interessantes.

“Essas ferramentas são úteis para monitoramento em tempo real de parâmetros importantes da produção (temperaturas, pressões, vazões, disponibilidade de equipamentos etc.), disponibilidade de recursos (níveis de reservatórios, vazões de suprimentos etc.), e por fim, a própria saúde de máquinas e equipamentos”.

Nesse sentido, todo o aporte tecnológico pode oferecer suporte do início ao fim da cadeia produtiva, seja auxiliando a gestão a identificar inconsistências ou melhorando o planejamento estratégico sobre as atividades.

“Contar com o apoio de soluções tecnológicas é possibilitar a melhoria contínua dos processos, reduzindo desperdícios, elevando a eficiência operacional e abrindo margem para investimentos realmente eficazes”, finaliza Aloisio Arbegaus.

Fonte: A Voz da Indústria

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