Com o avanço de novas tecnologias e processos produtivos cada vez mais rápidos é extremamente importante identificar atividades e possíveis riscos nas empresas
O Sistema de Gestão de Continuidade de Negócios – também conhecido como SGCN - é fundamental para que a empresa consiga manter suas atividades e funções essenciais durante e após eventos adversos, quando o que antes era considerado risco, agora se torna realidade. Mas como identificar as atividades e riscos que devem ser integrados ao SGCN?
Celso Ricardo Breve é especialista em gestão de projetos e gestão por processos e diretor de consultoria da IwPlan - empresa de inovação tecnológica e gestão de portfólio de projetos. Segundo ele, a eficiência do SGCN está atrelada à colaboração integrada entre todos os níveis hierárquicos da organização. Como é um desafio mobilizar todos os setores simultaneamente, o foco inicial, segundo ele, deve recair sobre as funções mais vitais, expandindo progressivamente o engajamento até que a filosofia do SGCN esteja intrínseca à cultura organizacional. “Em algumas situações pode ser a diferença entre a empresa continuar ou não suas operações após o incidente” afirma o especialista.
Confira 6 dicas estratégicas para orientar o processo de implementação do SGCN na sua empresa:
1.Entender a organização
É crucial identificar os objetivos e estrutura da organização para construir efetivamente o Sistema de Gestão de Continuidade de Negócios (SGCN). Sua missão, visão, valores e propósitos e assegurar que os usuários-chave compreendam o processo atual e suas limitações formará a base sólida para orientar as etapas subsequentes e desenvolver estratégias de engajamento e motivação no âmbito do SGCN.
2.Determinar produtos/serviços prioritários
É importante que a alta direção determine quais produtos e serviços são essenciais para os clientes pois são responsáveis por definir os rumos da organização, garantir sua continuidade operacional e possuem uma visão holística dos possíveis cenários futuros. Ter informações confiáveis como: expectativas de clientes; feedback das partes interessadas; análise de impacto de falhas de entrega, experiências anteriores e requisitos legais e regulatórios é fundamental para uma tomada de decisão assertiva.
3.Identificar as atividades e recursos prioritários
Conhecendo quais são os produtos/serviços prioritários (etapa 2) e tendo claro a cadeia de processos e atividades que geram valor para a empresa (etapa 1) podemos determinar quais são as atividades críticas e identificar os recursos prioritários para sua execução.
Analisando o impacto nos negócios (Business Impact Analysis - BIA) caso uma atividade seja interrompida temos uma visão geral do que é crucial e quais indicadores numéricos o Sistema de Gerenciamento de Continuidade de Negócios (SGCN) deve atender.
4.Realizar a análise de risco e priorizar
A identificação e análise dos riscos que podem interromper as atividades prioritárias e de seus recursos é fundamental. Agora é preciso priorizar indicando quais são mais críticos. Ações de mitigação e a ordem das medidas a serem tomadas antes, durante e após a interrupção de alguma atividade ou processo devem ser determinadas.
5.Desenvolver os Planos para Gerenciamento de Crise
As áreas são responsáveis por criar os Planos de Continuidade de Negócios (PCNs) relacionados às suas próprias atividades. O Comitê de Crise, além de coordenar as situações de crise, tem a tarefa de compilar todos os PCNs das áreas e aprovar o Plano de Gerenciamento de Crise.
6.Monitoramento e Avaliação Pós-Crise
É fundamental, principalmente após uma crise, conduzir uma avaliação criteriosa para discernir os aspectos bem-sucedidos e aqueles que requerem melhorias, documentar as lições aprendidas e aprimorar o SGCN. O Plano de Monitoramento de Crise e Melhoria Contínua indica como manter o SGCN atualizado.
Com um Sistema de Gestão de Continuidade de Negócios detalhado, sua empresa organiza e unifica todos os processos, facilita a comunicação interna e prevê possíveis gargalos evitando perdas. Em um mundo de constantes mudanças, o planejamento estratégico nunca foi tão necessário para as empresas.
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Celso Ricardo Breve
É especialista em gestão de projetos e gestão por processos e diretor de consultoria da IwPlan - empresa de inovação tecnológica e gestão de portfólio de projetos.